quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Vereadores saem no tapa na “Casa de Leis” de Rio Bonito

Por Flávio Azevedo

A charge da edição nº 1 do jornal "O Tempo em Rio Bonito" retratou o embate entre os parlamentares.
Os vereadores Carlos André Barreto de Pina, o Maninho (PPS) e Humberto Belgues (PSDB) protagonizaram cenas lamentáveis na Câmara de Vereadores, antes da sessão do último dia 13 de abril. Depois de se ofenderam, os parlamentares se agrediram durante uma reunião na Sala das Comissões. De acordo com testemunhas, Maninho teria empurrado a mesa da sala sobre Humberto, que teria dado dois socos no opositor. Uma cadeira que caiu entre os vereadores impediu o pior. Enquanto Humberto tentava se livrar do objeto, a turma do deixa disso chegou e segurou os pugilistas. Alegando não haver clima para continuar os trabalhos, o presidente da Casa, vereador Fernando Soares (PMN), não realizou a sessão.


O vereador Maninho (de vermelho) sendo contido pelo colega Marcinho Bocão
Enquanto se preparavam para deixar o plenário, os parlamentares continuaram se olhando e houve bate boca. Humberto perguntou: “por que você está me olhando de cara feia?”. Ao que Maninho respondeu: “por que, você vai me matar?”. Humberto retrucou: “eu não tenho esse dom, mas se tivesse...!”. Do lado de fora do prédio, visivelmente consternado, o vereador Saulo Borges (PTB) comentava o acontecido. “Fatos como estes denigrem cada vez mais a imagem da Câmara Municipal e de todos os vereadores. As coisas não estão sendo resolvidas como deveriam”.


Depois dos empurrões, o vereador Maninho continuou provocando Humberto
Já o presidente da Casa disse que ninguém está entendendo o vereador Maninho. “Ele estava descontrolado! Ofendeu os outros vereadores e até tentou virar a mesa da Sala de Reuniões”. A respeito da renúncia de Humberto, que no dia oito de abril, enviou uma carta, lida pelo vereador Carlos Cordeiro Neto, o Caneco (PR), renunciando, em “caráter irrevogável”, a primeira secretaria da Mesa Diretora da Câmara, o presidente disse que não aceitou. Fernando Soares explicou o motivo da renúncia de Humberto e por que ele decidiu reconsiderar a decisão.

– Assim como eu, Humberto está chateado com várias coisas que estão acontecendo na Câmara. Mas nós conversamos, e ele entendeu que não podemos ceder as acusações infundadas que foram feitas por Maninho – revelou.

A sessão seguinte

Na sessão do dia 15 de abril, dois dias depois da pancadaria, antes de abrir os trabalhos, o presidente da Câmara informou, que a Procuradoria da Casa estava analisando a reconsideração de Humberto. Ele pediu que os vereadores aguardassem até o dia 20 (seria a próxima sessão), quando a Procuradoria já teria um parecer. “Aí, nós faremos ou não a eleição”. Os vereadores Maninho e Caneco discordaram e pressionaram o presidente, dizendo que ele teria que fazer a eleição para recompor a Mesa Diretora naquele dia. Como houve mais um bate-boca, o presidente alegou não ter condições de presidir a sessão, encerrou os trabalhos e se retirou.

Incentivado pelos seus pares, o vice-presidente Marcus Botelho ignorou o encerramento da sessão, assumiu a presidência e reabriu os trabalhos. Depois da apresentação dos projetos, Botelho pediu que o vereador Abner Alvernaz Júnior, o Neném de Boa Esperança (PTN), assumisse a presidência, porque naquele momento, ele renunciava a vice-presidência, para se candidatar a primeira Secretaria.

Como o presidente não estava na Casa, a vice-presidência estava vaga e não havia primeiro secretário, Neném, o segundo secretário da Mesa Diretora, assumiu a presidência. Sob o seu comando aconteceu a eleição que elegeu por unanimidade, o novo primeiro secretário, o vereador Marcus Botelho. Na ausência do presidente e com a vice-presidência vaga, assumiu o comando da Casa o novo primeiro secretário (Marcus Botelho), que conduziu o restante da sessão até o encerramento dos trabalhos.

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