sábado, 25 de setembro de 2010

Juiz de Rio Bonito anuncia mudanças no processo eleitoral e fala sobre educação familiar

Por Flávio Azevedo

O juiz Marcelo Chaves Espíndola
         A obrigatoriedade de o eleitor apresentar um documento de identidade com foto na hora de votar, a criação de um novo local de votação no município (Rio Vermelho), a participação “consciente” do cidadão, nas eleições do próximo dia 3 de outubro, e assuntos como Educação e família, foram os principais temas abordados pelo Juiz de Rio Bonito, Marcelo Chaves Espíndola, na tarde do último dia 27 de agosto quando recebeu a nossa reportagem para uma entrevista descontraída e muito informativa.
– Estamos preocupados com o desenrolar das próximas eleições, porque aconteceram mudanças significativas na legislação eleitoral. A partir de agora o eleitor terá que apresentar um documento de identidade com foto, porque é necessário que ele mostre que ele é ele mesmo, para que ninguém vote em seu lugar – comentou.

Sessão em Rio Vermelho

O juiz Marcelo Espíndola anunciou a criação de um novo local de votação Em Rio Bonito, a Escola Municipal Jaudet Curi, no Rio Vermelho. O objetivo é desafogar a seção da Escola Municipal Professora Maria Lydia Coutinho, no Rio do Ouro, local onde sempre acontece um conflito. “As sessões 87, 103, 109, 120 e 122, agora, funcionarão no Rio Vermelho. As pessoas que votam nessas seções deverão se dirigir para esse local para evitar os tumultos na Escola Maria Lydia”, apela.  
De acordo com dados da Justiça Eleitoral, a 32ª Zona Eleitoral (Rio Bonito), ganhou 900 novos eleitores. São 122 seções espalhadas pelo município, para receber 42.882 eleitores. Desse número, cerca de 20% não devem comparecer para votar, ou seja, cerca de 8,5 mil eleitores.

Consciência e Educação

De acordo com o juiz Marcelo Espíndola, o eleitor tem que votar consciente, pesquisando a história dos candidatos e os valores que eles defendem. “São pessoas que irão nos representar, por isso, é importante que as famílias conversem com os mais jovens”.
– Os exemplos que estamos transmitindo para aqueles que estão em formação, deve ser objeto da nossa constante preocupação. Precisamos conversar e dialogar, dentro de casa, nas escolas, porque as crianças são um terreno fértil para novas ideias – ponderou.

Educação familiar

O chefe do Cartório Eleitoral de Rio Bonito, José de Tarcio da Fonseca e
o juiz Marcelo Espíndola durante a entrevista
Um tema que está no centro de várias discussões em Rio Bonito é o número de motociclistas menores de idade transitando pelas ruas da cidade. Para a nossa reportagem, um pai revelou que “eu dei uma moto para o meu filho (12 anos), porque ele estava inconsolável por não ter um brinquedo que todos os seus colegas já tinham”. Questionado sobre a postura do pai, o juiz Marcelo Espíndola foi firme: “entre eu ficar inconsolável por causa da perda do meu filho, e ele ficar inconsolável porque não ganhou um mimo, mas protegido dentro de casa, prefiro a segunda opção”.
Para o magistrado, os pais não estão sabendo impor limites aos filhos. “Os pais precisam saber que é preciso dizer “NÃO”. Isso faz parte do processo educacional da criança. Ela não compreenderá a atitude do responsável, mas na fase da maturidade ela entenderá, mas os pais estão transferindo essa tarefa, que é deles, para terceiros”.
Sobre a proibição de festas, ideia defendida por algumas correntes, o magistrado afirma que, antes de autorizar os eventos, a Justiça analisa vários requisitos relacionados ao local e ao promotor da festa.
– Nós analisamos questões de segurança. Autorizado o evento, o pai é quem define se o filho vai à festa. Ele pode entender que, apesar da segurança, aquele não é um ambiente apropriado para o seu filho – avaliou o juiz, que defende medidas educativas e não repressivas para corrigir determinados problemas sociais, “principalmente aqueles que evolvem crianças, adolescentes e jovens”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário