quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Presidente da Associação de Moradores do Basílio reclama de abandono

Por Flávio Azevedo
O presidente da Associação de Moradores do Basílio, Valderly Caetano, durante a entrevista.

Em entrevista ao programa “O Tempo em Rio Bonito!”, da rádio Sambê FM (98,7), do último dia 18 de abril, o presidente da Associação de Moradores do Basílio, Valderli Caetano, afirmou que o 3º Distrito de Rio Bonito, onde estão inseridas as localidades de Basílio, Parque da Luz, Parque das Acácias, Parque Indiano, São José de Braçanã, Flor dos Cambucás e Braçanã, está abandonado pelo poder público. De acordo com ele, naquela manhã, cerca de 50 pessoas estavam fazendo um mutirão para melhorar as condições da estrada de Braçanã.

– Estão todos lá trabalhando! Levaram carrinho de mão, pá, enxada e estão fazendo a manutenção da estrada. As kombis que pegam as crianças para trazer para a escola só vivem quebrada. Os carros das pessoas que moram em Braçanã estão sempre na oficina. Na verdade, não precisamos de muita coisa, basta um caminhão e uma máquina para manter as nossas estradas em condições de transitar –, disse.

A situação da estrada de Braçanã é tão ruim, que recentemente um ônibus com turistas que seguia para a Pousada Relicário ficou agarrado numa pedra que existe no meio da via. Ainda de acordo com o líder comunitário, “temos um encarregado responsável pela manutenção das estradas, mas ele não aparece quando é solicitado”.

Segundo Valderly, a ponte próxima ao ponto final do ônibus do Basílio está caindo, e até agora nenhuma providência foi tomada. “Isso tem que ser visto com urgência, porque muita gente depende daquela estrada. Por ali passam o leite e a banana que vem de Braçanã, os tijolos da cerâmica, os estudantes, as piscinas que são fabricadas lá em cima, enfim, todos dependem daquela ponte”.

O asfalto sumiu
A estrada de Braçanã (RJ - 120) está abandonada
Sobre a RJ – 120, que é a estrada de Braçanã, o líder comunitário fez menção a uma história que faz parte do folclore político riobonitense, que se for real, confirma que a falta de respeito das autoridades municipais e estaduais não é coisa do presente. Segundo Valderly, “para o governo do estado a RJ – 120 é asfaltada até a sua saída na RJ – 116, próximo a localidade de Agrobrasil, em Itaboraí, no km – 13, mas nunca existiu esse asfalto”. O presidente da associação de Moradores do Basílio destaca que, “há muitos anos, quando colocaram asfalto no Basílio, ele foi até o ponto final do ônibus. Disseram na época, que a verba que veio só deu para asfaltar até ali”. (?)

Pouca segurança

Aproveitando o espaço, Valderly cobrou mais policiamento para o 3º Distrito. “A Polícia Militar deveria visitar o nosso bairro mais vezes. A localidade de São José de Braçanã, por exemplo, está largada. Por lá existem casas abandonadas que estão servindo para abrigar usuários de drogas”. O representante do Basílio disse que a polícia vai ao bairro, mas não entra nas ruas mais escondidas, onde realmente estão acontecendo as irregularidades.

Ainda segundo o líder comunitário, a droga na localidade de Flor dos Cambucás (Rato Molhado) não acaba. Ele acredita que essa realidade vai persistir enquanto o poder público não investir em educação e lazer no bairro. “As crianças, adolescentes e jovens não nenhuma opção de lazer. Infelizmente, a única diversão é se drogar.

ETA
O salto de Braçanã é um dos pontos turísticos mais procurados de Rio Bonito. No alto vemos a ETA.
Durante a entrevista, o presidente da Associação de Moradores do Basílio disse que no 3º Distrito ninguém concorda com a desativação da Estação de Tratamento de Água (ETA), de Braçanã. Ele acredita que quando a água vier de Rio Bonito para o 3º Distrito, como pretende a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), vai faltar água na localidade. “Nós gostaríamos que a ETA fosse ampliada e não desativada. No Basílio cai água quase todos os dias, mas isso certamente vai acabar quando acontecer essa mudança”, prevê.

De acordo com Valderly Caetano, a associação de moradores está preparando um abaixo assinado com 2 mil assinaturas e ser for necessário o Ministério Público será acionado. “Concordamos que a Cedae coloque água no Condomínio Industrial, porque ali não tem rede, mas não tirar a nossa água. Se a água que vem do Rio Bacaxá, não abastece, sequer, o Centro de Rio Bonito, como vai chegar ao Basílio?”, questiona.

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