O prefeito José Luiz Antunes mostrando os sinais dos tiros |
Permanecerá preso um dos denunciados pela tentativa de assassinato do prefeito de Rio Bonito (RJ), José Luiz Antunes, ocorrida em agosto de 2006. A defesa de Carlos José Fraga impetrou Habeas Corpus (HC 104092) no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a revogação da prisão, mas o ministro Eros Grau, relator do processo, indeferiu a liminar requerida. Ao analisar o pedido o ministro afirmou: “Não tendo, à primeira vista, por configurado o periculum in mora [perigo de demora da decisão capaz de causar dano irreparável], indefiro a liminar". É o que informou o link de notícias do site do Supremo Tribunal Federal, no último dia 1º de junho.
A defesa recorreu ao STF depois que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) indeferiu o pedido de revogação da prisão preventiva de Carlos José Fraga, que vai a júri popular por tentativa de homicídio qualificado. Segundo a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), ele teria contratado dois homens para executar o prefeito.
A defesa contestou a ordem de prisão preventiva, alegando falta de fundamentos para a manutenção da custódia. Questionou também a sentença de pronúncia que determinou o julgamento de Carlos Fraga pelo Tribunal do Júri. Mas em todas as instâncias, até a chegada à Suprema Corte, o pedido de liberdade provisória foi rejeitado.
Após indeferir o pedido de liminar, o ministro Eros Grau solicitou mais informações ao STJ, determinando a remessa posterior dos autos ao Ministério Público Federal para emissão de parecer.
Relembre o caso
Na primeira semana de outubro de 2007, a polícia prendeu dois homens suspeitos sob a acusação de serem os supostos autores do atentado contra o prefeito José Luiz Antunes. Alex Rodrigues de Souza, o Kiko, seria o autor dos disparos. O outro, identificado como Lagartinho, seria funcionário de uma fazenda em Cachoeiras de Macacu.
Dois dias antes, os policiais já haviam prendido Daniel Pinto Júnior, 23 anos. Ele teria confessado que ele e um comparsa foram contratados por R$ 30 mil para cometer o crime. A polícia afirma que a ação dos bandidos teve motivação política, mas não revelou o nome do mandante.
Em seu depoimento Daniel negou ser o autor dos disparos que atingiram o prefeito e acusou Kiko de ter apertado o gatilho. Estariam envolvidos no crime, ainda, um homem conhecido como Lagartinho, o administrador de uma fazenda, que seria o contratante, e outro conhecido apenas como Formigão, que teria cedido o carro. Ainda de acordo com o depoimento de Daniel, o homem que o contratou não seria o mandante do atentado. Ele teria apenas feito a ligação entre a dupla de executores e o mandante.
Na época, outubro de 2007, a polícia esperava prender o intermediário do atentado nos próximos dias. Através do contratante, os policiais esperavam chegar até o mandante, que seria um político de Rio Bonito. Mas não existe noticias que isso tenha acontecido.
No início de 2007, cerca de seis meses depois do atentado, o prefeito teria recebido novas ameaças de morte. A primeira veio através de um bilhete que teria sido deixado na pensão onde ele foi baleado. Já a segunda, teria sido encontrada por um desconhecido, que teria entregado o bilhete com as ameaças a um guarda municipal de Rio Bonito. O caso foi registrado na 119ª DP (Rio Bonito).
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