quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Editorial da 1ª edição do jornal "O Tempo em Rio Bonito"

O editor Flávio Azevedo
Eu NÃO disse que seria “ATÉ BREVE”?

No dia 31 de março de 2010, eu comunicava que aquela era a última edição do jornal Gazeta Rio Bonito sob a minha direção. Eu não sei se você sabe, mas a reação popular foi tão grande, que até eu fiquei surpreso. Sendo assim, eu aproveito esta ocasião para abraçar você, meu leitor, apenas para agradecer as demonstrações de carinho, os telefonemas, os e-mails, os recados no Orkut, entre muitas outras demonstrações de afeto. De coração... Obrigado!

Mas para aqueles que ainda comemoram o fim da minha participação no jornal Gazeta, e o rompimento que tivemos com o nosso principal patrocinador, eu quero destacar que eu me despedi com um “ATÉ BREVE!”. E foi mais breve do que eu imaginava, porque aqui estamos nós!

Eu também gostaria de esclarecer aos amigos, que o parceiro que eu perdi não morreu! Aliás, graças a Deus, ele está bem vivo... Mas ficamos sem o apoio econômico, que nos ajudava a estar nas ruas quinzenalmente com o Gazeta. Porém, como nós estamos com saúde para trabalhar e temos amigos que apóiam a nossa luta, nós vamos continuar.

Realmente, o jornalista Wilson Cléber Moreira tinha razão: “fazer jornalismo em cidades do interior é uma temeridade!”. Mas como nós vivemos em outro tempo – talvez, pior! –, eu aceitei o desafio! Aliás, ao contrário do que constantemente me dizem, eu não vou sair de Rio Bonito e continuarei exercendo a função de jornalista aqui... Na terra onde nasci e cresci... No lugar onde eu vivo!

Penso que assim como eu, os empresários, professores, estudantes, advogados, artistas, desportistas, trabalhadores informais, as instituições, os jovens e os de mais idade, o meu irmão trabalhador e a minha amiga dona de casa, os bancários, taxistas, profissionais de saúde, e tantos outros, não suportam mais a paralisia que tomou conta de Rio Bonito. E juntos vamos mudar!

Sou admirador de Rui Barbosa, e mais uma vez quero refletir nas suas palavras: “de tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.

Recentemente, talvez, por saber da minha simpatia por estas palavras de Rui Barbosa, alguém, que deveria estar buscando soluções para os problemas sociais e econômicos de Rio Bonito, me chamou de frustrado. Eu confesso que realmente fico muito frustrado, quando vejo a minha cidade ser comandada com ineficiência, desinteresse e incompetência. Fico frustrado quando vejo a câmara municipal povoada por figuras que legislam com máxima do “farinha pouca meu pirão primeiro”.

Entretanto, o maior frustrado é esse senhor! Ele é frustrado, porque não consegue me calar (vai me matar?)! Ele é frustrado, porque mora numa casa de telhado de vidro, o que impede que ele jogue pedras no vizinho! Ele é frustrado, por não ter equilíbrio para dialogar com um colega de parlamento, sem sair no tapa (que tal procurar o Instituto AmanheSer? Leia a matéria da página 9)! Ele é frustrado, porque todas as vezes que teve problema comigo, foi ele quem provocou. Ele é frustrado, porque os meus ataques são sempre mais convincentes e contundentes que os dele. Enfim, ele é frustrado, porque ESTAMOS DE VOLTA!

Flávio Azevedo
Editor

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