Flávio Azevedo
O vereador Humberto Belgues quer atenção para a Saúde e para o cidadão riobontense. |
Os serviços de Saúde Pública dispensados aos riobonitenses têm sido a tônica dos pronunciamentos e conversas do vereador Humberto Belgues (PSDB). O parlamentar tem questionado o tratamento dispensado à população e tem cobrado solução para as constantes faltas de médicos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e no Hospital Regional Darcy Vargas, sobretudo nos fins de semana e feriados prolongados, quando os profissionais desaparecem.
Para Humberto, as unidades do Programa de Saúde da Família (PSF), sobretudo nos bairros mais populosos, poderiam estender os seus horários de atendimento. De acordo com o vereador, que disse ter conversado com profissionais do setor, o fluxo de pacientes diminuiria nas emergências durante esse período.
– O Centro de Saúde do Coração, inaugurado recentemente sobre a base do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), deixa claro que essa estratégia de estender o horário é uma iniciativa viável. O novo setor funciona até as 18h e o volume de pessoas que busca atendimento no local é grande. Quando eu vou buscar os meus filhos na escola eu passo por lá e vejo que, apesar do adiantado da hora, as pessoas estão lá esperando atendimento – ponderou Humberto.
O vereador tucano também salientou que com um orçamento de cerca de R$ 50 milhões, a Secretaria da Saúde pode ser mais eficaz na coordenação do setor. Ele também cobrou a contratação de novos médicos para que a população receba atendimento de qualidade e disse ser importante saber a opinião deles sobre essa questão.
– Alguns médicos em nossa cidade têm muito a acrescentar pela experiência clínica e administrativa. Eles precisam ser ouvidos. É preciso que nós da classe política tenhamos a sensibilidade de perceber a importância desses profissionais. Já percebemos que quando eles têm algum problema estrutural, quem sofre é o paciente. Todos opinam sobre a Saúde, mas os verdadeiros interessados, ou seja, os médicos, que vão atuar nos serviços oferecidos, acabam sendo deixados de lado – comentou.
Votando a questão do horário dos Programas de Saúde, o vereador afirma que um chefe de família sabe que precisa ir ao médico, mas ele prefere ficar doente a permitir que falte alguma coisa para a família. “Entretanto, esse tipo de preocupação acaba sendo pior, porque esse cidadão acaba adoecendo, ás vezes, até morre, e quem vai amparar a família?”, questiona o vereador, frisando que alguns postos de Saúde poderiam funcionar com médicos até 20h para que quando esse chefe de família largasse o emprego, por volta das 17h ou 18h, ainda tivesse tempo de cuidar da Saúde.
Preocupação
Preocupado em mostrar que não quer utilizar o assunto de maneira irresponsável e eleitoreira, o vereador comenta que não pretende puxar brasa para esse ou aquele lado partidário, mas afirma que “é preciso que as pessoas dialoguem sobre a Saúde de maneira responsável e esquecendo as diferenças partidárias”.
– Nós estamos aqui para defender o povo de Rio Bonito! Somos pagos para isso! As nossas crianças estão sem pediatra, os nossos idosos estão precisando de mais atenção. Enquanto isso, o que nós temos feito? Os equipamentos de Saúde que o município ganhou nos últimos anos impressionam, mas a impressão que temos, também, é que está faltando algo – pondera o parlamentar.
Algumas perguntas básicas, Humberto Belgues diz que é preciso que sejam feitas nessa hora onde se busca um culpado, “mas, as vezes, eu posso ser um desses culpados, por isso, é preciso deixar a hipocrisia de lado, fazer um exame de consciência e questionarmos: O que será que não está acontecendo? Falta dinheiro? É déficit de material humano? Ou a grande verdade é que nós, os políticos, não estamos sabendo lidar com essas questões porque temos dificuldade em ouvir os principais interessados, que são os médicos e os pacientes? – questiona o parlamentar.
Concluindo as suas reflexões sobre o tema, o vereador comenta que o período eleitoral pode ser aproveitado para que verdadeiros e viáveis projetos para a Saúde – e até para outros setores – sejam debatidos, pensados e discutidos. “O cidadão também tem que colaborar. Quem for eleito para administrar a cidade a partir de 2013, por exemplo, deve ser cobrado com mais veemência pela população, que precisa se apropriar dos órgãos fiscalizadores, dos Conselhos Municipais e acompanhar mais de perto como cada setor está sendo gerenciado”, encerrou.
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