Flávio Azevedo
O vice-prefeito Matheus Neto é pré-candidato pelo PSB. |
Com o objetivo de receber os pré-candidatos à Prefeitura de Rio Bonito, o programa “O TEMPO EM RIO BONITO” recebeu no último dia 06 de maio, o vice-prefeito Matheus Neto (PSB), para um papo sobre os seus projetos para a cidade. Sobre Qualificação Profissional, o vice-prefeito comentou que para ele o gestor precisa ter o foco em quatro setores chaves: Saúde, Educação, Segurança e Geração de Emprego. Segundo ele, “as oportunidades de emprego são muitas, mas sem qualificação o desempregado não consegue ingressar no mercado de trabalho.
– Hoje, o município oferece três cursos, mas precisamos ampliar essas opções assim como os cursos de nível superior. É importante criar pólos de Educação e investir no que somos referência, como os cursos de Enfermagem, por exemplo, que são bem aceitos em todos os hospitais fluminenses – disse Matheus, acrescentando ser necessário estimular os cursos de idiomas e de informática, formação exigida por toda empresa.
Sobre Turismo, tema apontado pelo âncora do programa como fonte de emprego e geração de renda, Matheus comentou que “esse setor pode ser classificado como uma das principais fontes de crescimento de uma região”. Para o vice-prefeito, uma localidade como Lavras, por exemplo, precisa de infraestrutura (acesso, limpeza das margens das cachoeiras, áreas de churrasqueira) e parceria com a iniciativa privada que pode investir em lanchonetes, restaurantes, pousadas e até em transporte alternativo. Para Matheus, lugares como a Praça do Green Valley e o Parque da Caixa D’Água, também podem ser concedidos a iniciativa privada.
Durante a entrevista também foi abordada a questão da Agricultura, da Indústria e do Comércio, pastas que para o vice-prefeito “precisam ser desmembradas, mas essa é uma ação que deve ser feita com os pés no chão, porque os impactos financeiros gerados pela criação de novas secretarias devem bem analisados”.
– Caso eu seja vitorioso nas eleições, eu vou pedir que o prefeito José Luiz me autorize e enviar à Câmara de Vereadores, um projeto para que possamos reformular o atual quadro de secretarias. Agricultura, Indústria, Comércio, Turismo, Cultura e outros setores importantes, porém, complexos; não podem ficar agrupados numa única pasta – comenta Matheus”.
Atrair empresas para o Condomínio Industrial no 3º Distrito (Basílio) e criar outro condomínio no 2º Distrito (para oferecer emprego para a população de Boa Esperança e adjacências é importante), segundo Matheus, é importante. Ele ressaltou os investimentos feitos no Condomínio Empresarial e disse que quando a atual gestão assumiu a Prefeitura encontrou apenas um pedaço de terra. “Hoje, o espaço conta iluminação, água, duas pontes, mais um milhão de m² e ganhará pavimentação”.
Ainda segundo o vice-prefeito, “o homem do campo deve ser estimulado a ser empreendedor. Precisamos de mão de obra que trabalhe com beneficiamento da banana e do aipim, por exemplo”. Para Matheus, o aipim não precisa ser colhido e vendido para o CEASA, porque pode ser beneficiado. “A banana, por exemplo, custa R$ 0,40 na roça, mas oito “bananas passa” custam R$ 5,00. Essa é a opção que precisamos estimular”, pondera Matheus, que defendeu investimentos na Patrulha Mecanizada do município, “mas para atender o produtor rural que queira empreender”.
Já a Indústria e o Comércio, segundo Matheus Neto, precisa do município como um parceiro que ofereça infraestrutura. “A questão do estacionamento, por exemplo, precisa ser pensada. É um assunto que não pode ser analisado politicamente, mas de maneira técnica. Gosto de citar o Projeto Natal Bonito, porque ele foi realizado através de parceria com a iniciativa privada, com associações de classe, igrejas, e acabou demonstrando que essa união é muito salutar”.
Perguntado sobre a origem dos recursos para bancar os projetos anunciados até essa parte da entrevista, o vice-prefeito disse que pode vir de parceria com os governos, estadual e federal, ou de recursos próprios que serão ampliados com a “reestruturação fazendária” que ele pretende. Ser parceiro da classe contabilista é um dos projetos anunciados pelo pré-candidato.
– Investimentos em internet, através de projetos como o “Cidade Digital”, estimulam o domínio da informática e otimiza a gestão pública e privada. Também iremos manter a ideia do carnê do IPTU chegando ao contribuinte em dezembro. Investir no georeferenciamento da nossa Planta Cartográfica, para termos uma real noção do nosso território, é importante e, certamente, será uma das primeiras iniciativas da minha gestão, caso eu tenha a oportunidade de ser prefeito da cidade – discorreu Matheus, revelando que a em 2005, quando o prefeito José Luiz assumiu o município, a base de dados da Secretaria de Fazenda estava apagada, “o que certamente contribuiu para ampliar a Dívida Ativa (cerca de R$ 18 milhões) do município e gerou um inevitável desgaste com o cidadão”.
Questionado sobre a sua relação com o Servidor Municipal, a implantação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) e do Estatuto do Servidor Municipal, Matheus disse que participou pouco dessa questão, afirmou que o prefeito José Luiz conduziu as negociações, e declarou que a decisão conservadora do prefeito foi baseada na preocupação do impacto financeiro (R$ 10 milhões/ano) aos cofres do município.
– Se o PCCR e o Estatuto do Servidor não foram implantados até agora é porque não é uma tareda fácil, mas pretendo encarar esse tema e em conjunto com os setores interessados, porque eu sou filho de uma servidora municipal e eu também sou servidor municipal – declara Matheus, acrescentando que o fato desse debate ter chegado em cima do processo eleitoral acabou sendo negativo.
Ao analisar o caótico Trânsito da cidade, a questão da Segurança e a necessidade da representação política do município, o vice-prefeito comentou que as cidades cresceram, a condição financeira da população também foi ampliada e disse que, segundo um estudo, Rio Bonito tem uma média de 0,7 carros por habitante. Ele lamentou a assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), em dezembro de 2004; e também a rejeição da mensagem que previa a criação do “Agente de Trânsito”, pela maior parte dos vereadores (2010).
Sobre Segurança, o vice-prefeito comentou que nos últimos oito anos a administração municipal fez investimentos consideráveis na Guarda Municipal, mas destacou que o municipipio não pode investir em setores onde a obrigação de investimento é dos governos, estadual e federal. “Precisamos colocar Câmeras na porta das escolas; continuar investindo na iluminação pública; e trabalhar politicamente para que o policiamento seja ampliado e para que a Delegacia (119ª DP) seja mais eficiente”, concluiu.
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