sábado, 9 de junho de 2012

Boa notícia para parte dos operários do Comperj

Flávio Azevedo

A mudança teria deixado desempregados, cerca de 800 operários. Metade deles já teriam sido readimitidos e a outra metade negocia com o novo patrão.
Cerca de 450 operários do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) que poderiam ficar desempregados com saída da Delta do comando de um dos consórcios que constrói o empreendimento da Petrobras estão com os seus empregos garantidos com o anuncio de que Odebrecht assumiu o lugar da Delta, que deixou todas as obras do governo federal por conta de ter o seu nome envolvido nos escândalos que envolvem o contraventor Carlinhos Cachoeira.

A garantia da manutenção dos empregos foi comemorada pelo diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Mobiliária de São Gonçalo e Itaboraí (Sinticom), Luiz Antônio Rodrigues. Ele revelou que a Odebrecht assumirá o trabalho que estava sendo feito pelo consórcio formado pela Delta, TKK Engenharia e Consultoria Projectus. Ainda segundo o líder sindical, 400 trabalhadores da área administrativa, não filiados ao Sinticom, estão negociando separadamente com a Odebrecht.

Superada a questão da manutenção do emprego dos 452 operários, a luta agora é para que eles recebam tudo o que têm direito na rescisão contratual com a Delta. Segundo o sindicalista os trabalhadores receberam benefícios trabalhistas (FGTS), mas que ainda falta parte dos direitos salariais, o que, segundo Luiz Antônio Rodrigues, será feito pela própria Petrobras.

O líder sindical informou ainda que, após a saída do consórcio, e o fim da greve feita em maio; as obras do Comperj seguem sem problemas e em ritmo acelerado. A previsão inicial era de que o empreendimento entrasse em operação este ano, mas as greves e as chuvas intensas adiaram a inauguração para setembro de 2014.

De acordo com a Petrobrás o Comperj terá capacidade para processar 165 mil barris de petróleo por dia e será formado por uma refinaria e unidades geradoras de produtos petroquímicos de primeira geração, como propeno, butadieno, benzeno e outros.

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