Flávio Azevedo
A mudança teria deixado desempregados, cerca de 800 operários. Metade deles já teriam sido readimitidos e a outra metade negocia com o novo patrão. |
Cerca de 450 operários do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) que poderiam ficar desempregados com saída da Delta do comando de um dos consórcios que constrói o empreendimento da Petrobras estão com os seus empregos garantidos com o anuncio de que Odebrecht assumiu o lugar da Delta, que deixou todas as obras do governo federal por conta de ter o seu nome envolvido nos escândalos que envolvem o contraventor Carlinhos Cachoeira.
A garantia da manutenção dos empregos foi comemorada pelo diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Mobiliária de São Gonçalo e Itaboraí (Sinticom), Luiz Antônio Rodrigues. Ele revelou que a Odebrecht assumirá o trabalho que estava sendo feito pelo consórcio formado pela Delta, TKK Engenharia e Consultoria Projectus. Ainda segundo o líder sindical, 400 trabalhadores da área administrativa, não filiados ao Sinticom, estão negociando separadamente com a Odebrecht.
Superada a questão da manutenção do emprego dos 452 operários, a luta agora é para que eles recebam tudo o que têm direito na rescisão contratual com a Delta. Segundo o sindicalista os trabalhadores receberam benefícios trabalhistas (FGTS), mas que ainda falta parte dos direitos salariais, o que, segundo Luiz Antônio Rodrigues, será feito pela própria Petrobras.
O líder sindical informou ainda que, após a saída do consórcio, e o fim da greve feita em maio; as obras do Comperj seguem sem problemas e em ritmo acelerado. A previsão inicial era de que o empreendimento entrasse em operação este ano, mas as greves e as chuvas intensas adiaram a inauguração para setembro de 2014.
De acordo com a Petrobrás o Comperj terá capacidade para processar 165 mil barris de petróleo por dia e será formado por uma refinaria e unidades geradoras de produtos petroquímicos de primeira geração, como propeno, butadieno, benzeno e outros.
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