quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Pág. 2 - Editorial 23 (Fevereiro de 2012) O cenário político de Rio Bonito para as eleições de 2012

Flávio Azevedo


Marcos Abrahão
 Vendo algumas análises estapafúrdias, pesquisas que não sabemos a procedência e muito senso comum analisando o cenário político de Rio Bonito, eu descubro que tem muita gente equivocada e dando opiniões pautadas nos seus próprios interesses. Se isso é comum entre o eleitorado, por vezes, passional e interesseiro, não deveria ser entre os políticos, que entra ano e sai ano e continuam pensando eleições com amadorismo, despreparo e acreditando em qualquer aventureiro que aparece com pesquisas fajutas que  colocam na dianteira da disputa. A mídia então nem se fala. Como podem ter coragem mostrar resultados maquiados e mentirosos ao eleitorado?

Alguns veículos de comunicação de outros centros, que nada sabem da política local, nessa época aparecem para botar uns trocados no bolso e são recebidos por quem vota e é votado, como oráculos da verdade. Isso mostra que os nossos políticos não aprenderam a lição dos últimos anos, quando venceu quem foi mais organizado, cometeu menos erros e, segundo a lenda, comprou mais votos acertadamente.


Matheus Neto
 A minha análise muito particular afirma que desrespeitar – como eu tenho visto – o nome da ex-prefeita Solange Almeida (PMDB) como máquina de puxar voto é suicídio. A sua liderança e a idolatria que boa parte dos riobonitenses tem por ela, também são elementos importantes nessa disputa. Desqualificar essa situação é um erro que pode custar muito caro!

Os adversários que tratem de começar a trabalhar! Na verdade, como a política em cidades do interior é baseada no "o que você vai me dar para fechar com você?", todos os candidatos estão com o freio de mão puxado e esperando um pouco mais para abrir os cofres. O medo é de serem extorquidos pelo povo, fenômeno que vem acontecendo há bastante tempo, mas os políticos, sobretudo quem tem “bala na agulha”, não pensam em mudar essa lógica. Assim, a tendência é que isso piore nas eleições desse ano! Alô Tribunal Regional Eleitoral (TRE)!

Também acho precipitado desconsiderar – como fazem alguns – a candidatura do vice-prefeito Matheus Neto (PSB), que representa o governo e tem a máquina a seu favor. Também é equivocada a comparação de Matheus com Dr. Anselmo (2004), porque, à época, o vice-prefeito de Solange disputou a eleição contra dois pesos pesados (Mandiocão e Aires). E, diga-se de passagem, a diferença de votos não foi tão ampla como pensaram. O cenário hoje é outro, então respeitem Matheus ou estarão cavando a própria sepultura!


Rita de Cássia
 Quanto a Marcos Abrahão, candidatíssimo em todas as eleições municipais, ainda não é a vez dele. A desconfiança do riobonitense no deputado para um cargo Executivo ainda é grande. Nos últimos anos, ela tem melhorado esse cenário, mas não o suficiente para que seja vitorioso nas próximas eleições. Mas ele precisa ser respeitado e, sobretudo, ouvido, para se saber a sua postura em relação aos adversários. Penso que se ele fosse mais presente na cidade, nas mesas de debates e nos ambientes políticos, esse processo de amenizar a má impressão que muitos têm do deputado estaria mais acelerado.

Alguns analistas – não sei se intencionalmente – estão ignorando os nomes do ex-diretor da Guarda Municipal, Vencerlau Machado (PC do B); e da vereadora Rita de Cássia (PP). Estariam eles blefando? Não hora "H" serão candidatos a vereador? Não é o que eles dizem e não é o que deveria interessar para quem se julga analista político. Afinal, mesmo que eles tenham 500 votos na disputa pela Prefeitura, esses sufrágios certamente farão diferença na disputa entre os favoritos. Portanto, esses atores também devem ser respeitados e considerados nas análises políticas. Ignorá-los é um erro. É importante, sobretudo, conhecer o perfil de quem vota nesses dois nomes e que discurso esses candidatos estariam usando ao comentar sobre os seus concorrentes.

Saulo Borges
Já o vereador Saulo Borges (PTB), nome que nos surpreende ao aparecer como opção nas próximas eleições (seria um balão?), é uma pena que tenha cometido dois erros fatais. Em nossa modesta opinião, ele deveria ter sido candidato em 2008. Nos moldes de Marcello Zelão, em Silva Jardim (2004). Perdia a eleição, mas já deixava o nome na cabeça das pessoas para 2012 (Zelão foi eleito em 2008).

Por outro lado, o parlamento municipal trouxe prejuízos significativos para Saulo Borges, sobretudo porque ele tomou partido nos problemas que por lá ocorreram (e não foram poucos!). Se ficasse neutro e criticasse os dois grupos que se formaram na Casa, seria mais bem visto. Algo semelhante acontece com a vereadora Rita de Cássia. Ambos perderam a oportunidade de usar o comportamento raivoso e belicoso dos pares como passaporte para o poder Executivo.

Solange Almeida
Por outro lado, se Saulo tivesse colocado o "bloco na rua" em 2009 – e ele tinha condições de fazer isso (o jornal Gazeta Rio Bonito era uma ferramenta importante para dar a visibilidade necessária), o cenário hoje seria outro. Da tribuna da Casa e pelo jornal, ele poderia apontar os erros dos adversários e defender projetos progressistas para o município. Essa postura durante quatro anos mudaria as expectativas de hoje!

Vencerlau Machado
Bem... Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos dessa novela mexicana chamada “Sucessão Municipal de Rio Bonito”!

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