quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Pág. 13 - Riobonitenses continuam insatisfeitos com a prestação de serviço da CEDAE

Flávio Azevedo

O caminhão pipa abastecendo uma residência na Rua Miguel Couto, na Serra do Sambê.
Não é de hoje que a população de Rio Bonito reclama da prestação de serviço da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (CEDAE). Embora a estatal tenha passado por uma suposta revitalização no início do governo Sérgio Cabral (PMDB) – ao criar a Nova CEDAE – a população, sobretudo no interior do estado continua sem perceber as melhorias anunciadas pela estatal.

Depois da matéria que fizemos com os moradores do 3º Distrito, pipocaram reclamações através de e-mails, na ruas e através dos nossos perfis nas redes sociais. No último dia 26 de janeiro, moradores da Rua Miguel Couto, na Serra do Sambê, curiosamente um dos mananciais hidricos do município, depois de ficar cinco dias sem o fornecimento do produto, tiveram que comprar água de um caminhão pipa. De acordo com os moradores o problema continua acontecendo.
– Alguns reclamam que a água não chega na caixa d’água, mas a Cedae não tem essa obrigação. A minha reclamação é que não tem água, há muito tempo, nem no cano da rua. Não adianta ligar a bomba, porque não tem o que puxar – reclama o aposentado Celso Farias.

Ainda segundo o aposentado, todas as vezes que ele foi a sede da Cedae reclamar, os antendentes afirmaram que estão com problemas na manobra (procedimento que controla o fornecimento do produto em direções alternadas). “Todas as vezes que nós vamos reclamar, eles dizem que tem água e que o problema é da manobra, porque o responsável falta... Não vai... Não atende o celular... Gente, por que não trocam esse bendito funcionário?”, esbraveja o Farias.

Apesar das argumentações da empresa – algumas até pertinentes – a população está insatisfeita. A concessão das águas de Rio Bonito para a CEDAE, aprovada pela Câmara de Vereadores no último mês de dezembro deixou ainda mais apreensiva a população. Muitos já estão se preparando para o pior. É o caso do professor Getúlio Teles, de 37 anos, morador da Bela Vista.
– Mandei construir uma sisterna gigante na minha casa. Estou perdendo um espaço precioso no meu quintal, mas tenho a impressão que isso é uma questão de sobrevivência. Eu não sou natural de Rio Bonito, mas por onde passei essa empresa da dor de cabeça. Sendo assim, estou me precavendo porque o quadro tende a piorar – analisa o professor.

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