Flávio Azevedo
As greves e mobilizações dos funcionários do Comperj têm sido contantes. |
E continuam os problemas de greve e insurreição de operários no Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), considerado pela Petrobras o maior investimento da sua história. Os trabalhadores dos quatro consórcios, responsáveis pelas principais obras do empreendimento, decidiram em assembleia, na manhã desta terça-feira (14/02), entrar em greve por tempo indeterminado. Ontem (segunda – 13/02), os operários já haviam feito um protesto no canteiro de obras. Por questões de segurança e para evitar os problemas da última sexta-feira (10/02), quando cerca de 40 operários ficaram feridos, a estatal decidiu suspender os trabalhos ao longo do dia.
De acordo com a petrolífera, cerca de 14 mil operários estão trabalhando no empreendimento. Embora a data-base da categoria seja em fevereiro, os trabalhadores estão reivindicando equiparação dos salários com os profissionais que exercem as mesmas funções em outras empresas da região.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção em São Gonçalo, Itaboraí e Região, Manoel Vaz, disse que, “todos os operários decidiram cruzar os braços por tempo indeterminado”. Para ele, cerca de 8,5 mil funcionários, das obras civis e de montagem, estão parados. Na próxima quinta-feira (16/02) será realizada nova assembleia.
O sindicato, segundo Vaz, pretende encaminhar uma nova lista de reivindicações para as empresas construtoras. Além do aumento de salários, os trabalhadores estão reivindicando que não sejam descontados os 25% nas consultas médicas pelo plano de saúde, Vale Transporte para quem reside afastado do Comperj, e querem a garantia de que os grevistas não serão punidos. Além disso, eles pedem que os dias parados não sejam descontados.
O advogado do Sindicato das Empresas de Engenharia de Montagem e Manutenção Industrial do Estado do Rio de janeiro (Sindemon), Almir Ferreira Gomes, anunciou que as negociações estão encerradas e que o sindicato vai recorrer ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Rio para julgar a “abusividade” da greve.
– O dissídio da categoria é em fevereiro, não tem sentido conceder reajuste agora e depois outro na data-base. Além disso, a lei de greve prevê uma série de ações que devem ser cumpridas pelo sindicato dos trabalhadores, o que não foi feito – comenta.
Fonte: G1
Fonte: G1
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