*Francisco Azevedo
Que embalavam as doces ilusões
Uma pena, um papel e uma saudade ingrata
E uma distância separando os corações.
Lá bem distante alguém com o olhar tristonho
Não pode ver quem ama e está ausente
Mas uma carta recebe como um sonho
Parece até que está seu bem presente.
Embora seja a saudade infinda
Consola a carta com carinho e jeito
Saudade é flor, matizada e linda
Que só floresce nos jardins do peito.
As belas cartas, confidentes mensageiras
Que amenizavam da saudade a dor
Quietas sem vozes seguiam bem ligeiras
Fortalecendo os cordéis do amor.
O tempo das cartas
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