segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Pág.19 - Leir de Moraes empossado na Academia Fluminense de Letras

Flávio Azevedo

Muito emociondo, Leir Moraes entrou no Salão Nobre do Esporte Clube Fluminense acompanhado pelo filho Daniel (D) e acadêmicos da AFL.
O poeta, jornalista, escritor e advogado, Leir de Moraes, um dos filhos mais ilustres de Rio Bonito, foi empossado no último dia 10 de janeiro, no Esporte Clube Fluminense, como membro da Academia Fluminense de Letras (AFL), uma das entidades literárias mais respeitadas do país. Em 95 anos de existência, essa é a primeira vez que a cerimônia de posse acontece fora da AFL. Segundo Leir Moraes essa novidade representa que Rio Bonito é uma cidade importante no cenário cultural do país. “Rio Bonito sempre foi um celeiro de talentos. Que esse evento sirva de motivação para que os investimentos almejados aconteçam”, discorreu Leir.

A cadeira nº 9 que tem como patrono o também riobonitense Bernardino da Costa Lopes (B. Lopes), agora está ocupada por Leir Moraes, que se emocionou e emocionou, em vários momentos da solenidade. Ao entrar no recinto conduzido por outros acadêmicos da AFL, ao ver a fotografia da professora Anita Moraes, sua mãe, fixado ao púlpito do evento, as lágrimas brotaram e o poeta chorou. A cena emocionou a todos.

O acadêmico Leir Moraes, que consideramos um patrimônio cultural de Rio Bonito.
Em seu discurso de posse, Leir Moraes classificou a AFL como “o mais elevado templo da cultura fluminense” e mencionou a “alegria de assumir a cadeira do ilustre e festejado conterrâneo, B. Lopes, o venerado poeta dos Cromos”. O personagem principal da tarde frisou que ambos são do 2º Distrito de Rio Bonito (Boa Esperança). Figuras como Manuel Duarte, Renato de Lacerda, Eugênio Cordeiro, Helio Nogueira e Angelo Longo, personagens de destaque do setor cultural riobonitense, também foram rememorados por Leir, que deu ênfase aos amigos Helio Nogueira e Angelo Longo, que segundo ele, “namoravam a cadeira de B. Lopes, que permaneceu ocupada por Lyad de Almeida por longo tempo”.

O poeta também citou o Acadêmico Sávio Soares de Souza, “que conheci em 1951, quando, com 15 anos, cheguei a Niterói, garoto matuto do interior, apavorado com a cidade grande. E que muito me ensinou, no engatinhar da poesia, com paciência de mestre e compreensão com um iniciante”. Ele também destacou a amizade com ex-Prefeito, Waldenir de Bragança, “hoje, nosso presidente da AFL, a quem tive a honra e satisfação de servir, como Secretário de Administração, na Prefeitura de Niterói, durante os seis anos de seu mandato”, concluiu.


Conheça Leir de Souza Moraes

Poeta, escritor, jornalista, advogado e imortal da AFL, Leir Moraes.
Nascido em 4 de outubro de 1935, na Fazenda da Prainha, em Rio Bonito, Leir é filho de Anita de Souza Moraes e Gentil Viera de Moraes. Conhecido no Brasil e no exterior, Leir é jornalista, poeta, escritor e advogado, exerceu, no Serviço Público, os cargos de diretor de divulgação e diretor geral da extinta Agência Fluminense de Informações, de chefe de gabinete do secretário de administração do Estado do Rio de Janeiro (1975), de secretário de administração da Prefeitura de Niterói/RJ (1983/88) e de chefe de gabinete da Prefeitura de Rio Bonito (1993).

Representou o estado do Rio de Janeiro, na qualidade de conferencista, no II Simpósio Internacional de Comunicação Governamental, realizado em Recife/PE, em abril de 1973.

No Jornalismo, em Rio Bonito, participou da fundação dos jornais Juventus, Renovação, Jornal de Rio Bonito, A Montanha e Baixada Fluminense.

Colaborou nas revistas Guanabara Fluminense, Vida Fluminense, A Gaivota, nos jornais, Diário do Povo, Diário do Comércio, A Tribuna, Praia Grande em Revista, Momento Fluminense, Correio Fluminense, nas edições estaduais do Jornal do Brasil e Última Hora e no jornal radiofônico Grande Jornal Fluminense.

Foi editor político dos jornais radiofônicos Perspectivas Fluminenses (Rádio Metropolitana), Jornal da Manhã (Rádio Eldorado) e Jornal da Noite (Rádio Rio de Janeiro). Dirigiu os jornais Baixada Fluminense, Renovação, Gazeta de Rio Bonito e Folha Fluminense.

Foi considerada, no Estado do Rio de Janeiro, o jornalista do ano de sesquicentenário da Independência do Brasil, em pesquisa realizada pela Revista Bancária.

Além de pertencer às Academias, Niteroiense e Fluminense, de Letras, é membro das Academias Brasileira de Literatura, Internacional de Letras Três Fronteiras (Brasil, Argentina e Uruguai), Internacional de Ciências Humanísticas, Uruguaiana, Friburguense, Bonjesuense, Trirriense e Itaboraiense de Letras. Também pertence a União Brasileira de Trovadores e Cenáculo Fluminense de História e Letras.

Co-fundador da Associação Niteroiense de Escritores. Possui os títulos de Cidadão Honorário de Niterói e de Cidadão Silvajardinense. É detentor das medalhas José Clemente Pereira, Jubileu de Ouro da Academia Niteroiense de Letras e Humbelino Silva, da Ordem do Mérito Araribóia e de diplomas e medalhas conferidos pela Liga de Defesa Nacional e Tribunal de Contas do antigo Estado do Rio de Janeiro.

Em 1968, foi considerado pelo Departamento de Difusão Cultural da Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Rio de Janeiro o melhor poeta fluminense, título que voltou a receber no ano seguinte, em concurso realizado pela revista A Gaivota.

Suas obras: Sonetos, Nas grades do destino, Nos braços do passado, Breves cantigas, Céu apagado, Bola de gude, Nada mais, Corriola, Contos da casa apagada e Pé-de-moleque.

No dia dia 10 de janeiro, Leir Moraes ampliou o seu curriculo, ao ser empossado na cadeira nº 9, da Academia Fluminense de Letras (AFL), que tem como patrono o também riobonitense do 2º Distrito (Boa Esperança), B. Lopes.

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