segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Pág. 8 - Cerâmica Marajó projeta 2012 de conquistas e realização de novos projetos

Flávio Azevedo

O treinador Júlio César Freitas (Cabeça) e o empresário Rodolfo Siqueira Nunes (D).
Depois de conquistar no primeiro semestre de 2011, o Campeonato Carioca de Futsal Feminino Adulto; e manter o título de campeão do Circuito Municipal de Futsal da Indústria e Comércio de Rio Bonito (modalidade feminina), o principal investidor da equipe, o empresário Rodolfo Siqueira Nunes, faz um balanço positivo de 2011 e anuncia projetos ambiciosos para o futuro. “O nosso foco principal é social e a cidade de Tanguá; e o bairro da Praça Cruzeiro, em Rio Bonito, são os lugares que nós elegemos para receber o nosso projeto”, revelou o empresário, destacando que está em busca de um parceiro.

A equipe da Cerâmica Marajó treina na quadra localizada diante da Paróquia São João Batista, da Praça Cruzeiro, mas, de acordo com o treinador Júlio César Freitas, o Cabeça, o local aberto e sem cobertura não é ideal.
– Em Rio Bonito, estamos procurando um parceiro para esse projeto. Vamos conversar com o Esporte Clube Fluminense, com o Rio Bonito Atlético Clube (RBAC), talvez, um colégio... Para a modalidade feminina, estamos pretendendo fazer uma escola para disputar o Circuito de Futsal da Indústria e Comércio, que conta com poucos times na competição. Já no masculino, a nossa pretensão é trabalhar apenas com as categorias “fraudinha” e “pré-mirim” – afirma Rodolfo.

O empresário reclama, porém, que em Tanguá não existe a oferta de ginásios cobertos como acontece em Rio Bonito. “Nós precisamos de um mínimo de estrutura para a equipe de trabalho que eu estarei disponibilizando”. Rodolfo conta que tem grande paixão pela Praça Cruzeiro. “Ao longo do tempo, o time da Cerâmica Marajó e moradores da Praça Cruzeiro criaram uma ligação e não tem mais como ficar longe dessa torcida”.

Para Rodolfo, Esporte e Cultura são os únicos caminhos possíveis para se combater a ociosidade e o ingresso dos jovens na criminalidade. “Não fazer esses investimentos significa expor os nossos jovens e adolescentes aos problemas sociais que atinge o país”.

Balanço do ano

As campeãs cariocas de 2011, título conquiistado no 1º semestre.
Sobre a conquista do Campeonato Carioca de Futsal Feminino Adulto, o empresário comentou que foi uma conquista muito importante, mas prefere ser campeão do Circuito Municipal de Futsal da Indústria e Comércio, com as meninas de Rio Bonito.
– O outro campeonato parece ter importância maior, mas usamos atletas de fora. Acredito que o torcedor também tenha essa opinião, porque ele lota o ginásio para assistir a competição local e não prestigia o Carioca. É um show das famílias nas arquibancadas e eu valorizo bastante essa presença – pondera.

Ainda sobre o inédito título Carioca, de maneira descontraída, Rodolfo comenta que “o burro passou selado e nós montamos”. Ele ressalta a importância da parceria com o RBAC; a base que havia sido campeã do Circuito Municipal de Futsal da Indústria e Comércio em 2010; e as contratações feitas por Cabeça. “Nós entramos na festa como penetras e acabamos comendo o bolo”, graceja.

Sobre a má campanha no segundo semestre, quando o Rio Bonito/Marajó disputou o Campeonato Estadual de Futsal Feminino Adulto, o empresário foi incisivo: “Os adversários até nos deixaram de lado, mas fomos claramente prejudicados pela arbitragem. Por diversas vezes nós pensamos em abandonar competição. Stela, a estrela da companhia, foi visivelmente perseguida. Acredito que involuntariamente, mas a perseguição aconteceu”.

Em times grandes, segundo o empresário, resultados negativos fazem os profissionais perder emprego e a arbitragem que não apitar direito também tem problemas. “Mas as equipes do interior não tem prestígio e sempre são preteridas”. Já o treinador Cabeça, comentou que no primeiro semestre a equipe estava mais focada.
– No segundo semestre, além de contusões, nos tivemos Karen na seleção e várias jogadoras disputando competições paralelas. Isso tirou o foco do time. Na verdade, o Campeonato Estadual era mais fácil do que o Carioca, mas a preparação física da nossa equipe por motivos que eu já comentei também não estava boa – analisa.

Confusões precisam acabar

No segundo semestre as meninas da Marajó mantiveram a hegemonia no Futsal do Indústria e Comércio.
Sobre o futebol masculino, Rodolfo critica as confusões e brigas que se tornaram corriqueiras nas competições de Rio Bonito. “Uma sugestão que eu dou é que a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer organize uma competição de MMA e convide os nossos jogadores de futebol para lutar. Eles certamente farão bonito”, ironiza o empresário, destacando que isso tem que mudar. “O problema é que o garoto faz quinze anos e logo aparece com cigarro na boca, garrafa de cerveja na mão e querendo arranjar briga com os outros”, alerta.

Ainda sobre as brigas, o empresário comenta que isso tem afastado ele dos estádios e dos ginásios, mas afirma que “boa parte das pessoas comparece para ver qual será a nova confusão. “Eu não quero o nome da minha empresa associado a esse tipo de situação. Ano passado, até no futebol feminino teve briga. Não gostei, mas depois eu soube que não partiu das nossas meninas. Mas eu já deixei claro: “se acontecer brigas com o nosso grupo, eu retiro o apoio e o patrocínio da empresa”, garantiu.

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