Flávio Azevedo
Os personagens do espetáculo "Quem Casa Quer Casa", um dos sucessos de público do Lona na Lua, no palco da Serra do Sambê. |
Os integrantes do projeto “Lona na Lua” invadiram a Serra do Sambê na tarde do último dia oito de janeiro, com muita música, alegria, animação, exposição de fotografias, dança, descontração e teatro. Também aconteceu a apresentação da tradicional Roda de Capoeira, com o Grupo Raízes de Aruanda. O evento, que foi oferecido pela Secretaria Estadual de Cultura, aconteceu no Ginásio Poliesportivo do bairro, que recebeu um excelente público de todas as idades.
As atividades começaram por volta das 14h, com o espetáculo “O Casamento de Dona Baratinha”, com a dupla de atores Dirceu Michalski e Camila Triches. Embora a classificação fosse infantil, os adultos se divertiram e interagiram com os personagens, sobretudo D. Baratinha que sempre descia do palco, caminhava entre a platéia, numa postura que agradou quem assistiu. O folclórico Barnabé, morador do bairro, foi um espetáculo a parte.
Grupo de Capoeira, Raízes de Aruanda, uma das atrações do evento. |
Na sequência, durante cerca de 30minutos, a atração foi o Grupo de Capoeira Raízes de Aruanda. Liderados pelo capoeirista Faísca, eles apresentaram, além da tradicional Roda de Capoeira, uma Roda de Samba e a dança Maculelê, que utiliza a Grima (bastão), uma arma tribal africana que junto com os cantos da Capoeira e os atabaques dão uma beleza maior ao espetáculo.
Mostrando ser um evento cultural que abraça, sem distinção, todas as manifestações que estão inseridas na Cultura Brasileira, classificada pela Antropologia que estuda o Brasil, como “uma “Colcha de Retalhos”, o Grupo de Dança Lona na Lua deu sequência com os espetáculos “Dança Contemporânea” e “Os Incríveis Anos 60”. A música continuou sendo a grande atração. Dessa vez, porém, Larissa Moraes (voz e violão), apresentou “Cantigas de Roda”, com melodias que embalaram crianças e adultos.
Os musicais “Dança Contemporânea” e “Os Incríveis Anos 60” também agradou o público. |
A apresentação mais esperada, porém, era o espetáculo “Quem Casa Quer Casa”, que foi sucesso de público no Espaço Cultural Lona na Lua, no mês de dezembro; e no Grande Festival Martins Pena de Teatro Amador, que aconteceu em novembro, na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema, no Rio de Janeiro. A apresentação foi classificada como uma das melhores do festival e recebeu inúmeros elogios da crítica de teatro, Alessandra Vannucci.
Do repertório de Martins Pena e adaptado por Zeca Novais, “Quem Casa Quer Casa” conta a história de uma família que tem a liderança da matriarca Dona Biana, um mulher que tem dois filhos tresloucados (Sabino e Olaia), uma nora mandona (Paulina) e um genro que pensa ser músico (Eduardo). Junto a tudo isso, um mordomo (Seu Coisinha) dedicado e esperto que dá o tempero necessário a essa comédia de costumes, que ainda conta com a participação do aplaudidíssimo Zé Cocô, que tem a interpretação de Rodolfo Freitas, que é morador da Serra do Sambê.
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