segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Pág.13 - Geração BBB

Leonardo Peclat Marins
*Leonardo Peclat Marins        

Recentemente teve início mais uma edição do BBB. Não sou alienado e nem radical ao ponto de achar que artigos em jornais ou campanhas em Facebook irão fazer com que a grande massa deixe de assistir, até porque cada um é livre. É até uma luta desigual mediante a força do marketing da emissora e aceitação do público em geral! Mas desejo tecer alguns comentários.

É notório que as emissoras de TV em geral não estão preocupadas com o conteúdo dos programas, mas que eles vendam as marcas dos patrocinadores. Na maioria das vezes apelando para mulheres esculturais, baixarias violências, futilidades, etc.

Com muito esforço e pela força do hábito agente acaba vendo uma coisa ou outra. Tentamos filtrar até onde é possível, mas o BBB, a meu ver, consegue ser o extremo da futilidade. Fico tentando extrair pelo menos uma coisa que nos acrescente, algo que fique no final! No entanto, a conclusão é: nada se aproveita!

“Vamos da uma espiadinha” ou “a casa mais vigiada do Brasil” esses são dois dos bordões usados pelo apresentador. Talvez seja um dos motivos de tamanha audiência, a nossa mania de fuxicar a vida dos outros... De ser juiz das pessoas, enfim, de se meter onde não somos chamados. E esse programa é o ideal para dar vazão a isso!

“Vamos olhar nossos heróis”, sempre é dito. Herói de que ou de quem? Ser herói mesmo é estar aqui fora e conseguir, em meio a tantas situações adversas, manter a esperança, apesar de tantas desgraças naturais. Acreditar num mundo melhor, quando o ser humano cada vez mais surpreende no quesito maldade. Enfim, ser herói é ter perseverança e bom humor!

Como disse acima, se esse programa ainda existe é porque tem público, tem Ibope e o nosso intuito aqui não é falar mal por falar, mas levantar um debate, uma discussão saudável! O BBB é mais um dos “alimentos prejudiciais a saúde” no extenso cardápio da nossa cultura atual! Há os que a chamam de “lixocultura”.

Big brother significa numa tradução livre “o grande irmão”. Engraçado que o programa poderia ter qualquer nome, menos esse!


*Leonardo Peclat Marins é professor

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