segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Pág. 2 - Editorial edição 22 (Janeiro de 2012 ) - Machu Picchu, uma lição de ocupação do solo

Machu-Pichu exemplo de civilidade entre povos bárbaros.
A Globo News reprisou no último dia 26 de dezembro, um documentário sobre Machu Picchu, no Peru. A cidade sagrada dos Incas obedece a rigorosos padrões de engenharia. Apesar de serem povos “primitivos”, os incas tinham preocupação com o escoamento da água sob dois aspectos: não deixar de irrigar as plantações e evitar os deslizamentos de terra, já que a construção é talhada na montanha.

O intrigante é que em tempos modernos, os povos “evoluídos” não se preocupam com nenhuma dessas questões, sobretudo em relação aos deslizamentos de terra. Em nome do “foi o único lugar que sobrou para abrigar a minha família” (pobres); e o “quem tem dinheiro constrói onde quer” (ricos), a civilização moderna ergue suas moradias, irresponsavelmente, em qualquer lugar. Enquanto no ano 1.400, os pré-colombianos tinham preocupação em não obstruir o fluxo da água para não ter surpresas desagradáveis com a natureza, em peno século 21, nós não estamos nem aí!

Mas afinal: se fizermos uma comparação, quem é primitivo e evoluído?

Se as antigas civilizações (Incas, Maias e Astecas) são consideradas primitivas porque ofereciam os seus filhos em sacrifícios vivos ao “deus Sol”; as civilizações atuais sacrificam os seus filhos para o Consumismo e a Permissividade, o que está levando os nossos adolescentes e jovens morrem aos milhares por conta de acidentes automobilísticos e/ou envolvimento com as drogas (lícitas e ilícitas).

O pior é que tudo isso acontece em nome da vida fácil e fútil, dogmas pregados pela pós-modernidade que são seguidos cegamente pelas atuais gerações como faziam, há seu tempo, os Incas, Maias e Astecas.

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