Flávio Azevedo
O superintendente da Autopista Fluminense, Carlos Alberto Gallo (D), mostra o projeto do viaduto ao prefeito José Luiz Antunes e ao presidente do CCS, Bruno Soares (ao centro). |
A mesa diretora do Conselho Comunitário de Segurança (CCS) de Rio Bonito se reuniu com o superintendente da Autopista Fluminense, Carlos Alberto Gallo na tarde da última sexta-feira (02/03). O encontro aconteceu na Prefeitura de Rio Bonito e contou com a presença do prefeito, José Luiz Antunes (DEM); do vice-prefeito Matheus Neto; e do secretário de Desenvolvimento Urbano, Isaías Class. A construção do viaduto no acesso do Green Valley para a BR – 101 foi o assunto. O equipamento também traria benefícios para o Loteamento Schuler e para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
A Autopista Fluminense (concessionária que gerencia a BR – 101) foi oficiada pelo CCS para que comparecesse na reunião do dia 05/03. Alegando compromissos em São Paulo, o superintendente da Autopista Fluminense, Carlos Alberto Gallo pediu que o encontro acontecesse na sexta-feira (02/03). De acordo com o presidente do CCS, Bruno Soares, a concessionária foi muito solícita.
– Segundo Alberto Gallo, a construção do viaduto também é um anseio da concessionária, mas alguns problemas, como a desapropriação das propriedades onde serão construídas as alças do viaduto, são negociações demoradas e complicadas – comentou.
O projeto do viaduto do acesso do Green Valley para a Br - 101. |
O superintendente também revelou que existe um Decreto Federal que vai desapropriar as áreas, “mas isso demanda tempo e, às vezes, o município precisa agir politicamente em Brasília para dar celeridade ao processo”. Segundo Gallo, quando o decreto for publicado e assinado pela Presidência da República (esse é o trâmite por se tratar de uma rodovia federal), “a Autopista Fluminense tem condições de iniciar as obras do viaduto em 15 dias e o equipamento estaria pronto em cerca de seis meses”.
Estranheza
O prefeito José Luiz diz achar muito estranho a morosidade no trâmite do viaduto, por conta da rapidez com que as questões jurídicas que envolviam a Praça de Pedágio, na altura do Sambê, foram resolvidas.
– A situação da praça do pedágio era muito mais complexa que essa onde se pretende erguer as alças do viaduto do Green Valley. A Praça do Pedágio foi construída num local que era de propriedade do milionário Renné Senna, morto em 2007. A viúva estava presa e a área estava envolvida na briga por herança. Entretanto, tudo andou com muita celeridade. Por que isso não acontece na questão do viaduto? Os impasses eram similares e em termos jurídicos, a propriedade que envolvia o crime da Mega Senna me parece ser uma situação bem mais complicada – suspeitou.
Acidentes e outras reuniões
Durante a reunião do CCS, na última segunda-feira, o policial rodoviário Anderson Caldeira trouxe dados estatísticos da Polícia Rodoviária Federal. Segundo esses dados, somente no retorno do Green Valley, 56 acidentes aconteceram no período de um ano. “É preciso fechar aquele acesso para evitar esse problema, porque os motoristas riobonitenses não têm consciência. Ali tem tachões e sinalização que mostram ser o retorno proibido, mas as pessoas insistem em atravessar”, criticou.
O presidente do CCS, Bruno Soares, comentou que além da Autopista Fluminense, a ViaLagos (concessionária que administra a RJ – 124) também foi convidada para a reunião. “Eles não puderam estar presentes, mas demonstraram interesse em estar conosco em outra oportunidade”.
Influência política
Ainda segundo Bruno, o deputado estadual, Marcos Abrahão também foi convidado para estar na reunião, mas não compareceu. De acordo com os integrantes do CCS, a presença do deputado é importante, porque fica muito nítido que a cidade está sem representação política junto ao governo do estado. Caso o deputado não se faça presente, o deputado estadual, Paulo Melo, presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), mas que é proprietário de terras em Lavras, Rio Bonito, pode ser convidado a unir forças com o CCS em busca de mais segurança para o município.
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