Flávio Azevedo
A fachada da FFERJ demonstra o luxo que não se vê por parte da entidade com o futebol do interior |
Com um coquetel para cerca de 200 convidados, a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (FFERJ) inaugurou no último dia 4 de outubro sua nova sede na Rua Professor Manoel de Abreu, no bairro do Maracanã, no Rio. Com a presença de ex-jogadores, autoridades do estado e de dirigentes do futebol carioca, a nova casa da entidade foi apresentada. O presidente da FFERJ, Rubens Lopes, disse que o local é a nova casa dos clubes do Rio de Janeiro e exaltou o momento do futebol carioca.
– Essa é a casa dos clubes do Rio de Janeiro, que atravessam um momento muito bom. Tivemos os últimos dois campeões brasileiros e temos a chance de ter quatro cariocas entres os quatro primeiros do Campeonato Brasileiro. Temos o objetivo de que todos os clubes do Rio tenham seu centro de treinamento (CT). Se os resultados são positivos do jeito que está, imagina quando todos tiverem o seu CT – disse Lopes.
Entre os convidados, os ex-jogadores como Bebeto, Edmundo, Gonçalves, o ex-presidente do Vasco, Eurico Miranda, e a secretária de Esportes e Lazer, Marcia Lins, que representou o governador Sérgio Cabral. A nova sede da FFERJ fica em um moderno e luxuoso prédio de quatro andares e demorou três anos para ficar pronta.
Enquanto isso...
A fachada da LRD representa bem o estado do futebol e do esporte riobonitense: ABANDONADO |
Presidida pelo ex-árbitro de futebol, Faiça Abrahão, que também está à frente do Motorista Futebol Clube (o que não seria correto), a LRD enfrenta, segundo antigos desportistas, o pior momento da sua história. Com campeonatos deficitários, onde impera a desorganização, a entidade não consegue convencer o torcedor a lotar os estádios como acontecia num passado recente.
Um RX profundo no desporto de Rio Bonito mostra que os problemas não se restringem a entidade maior do futebol do município. Os clubes, em sua maioria esmagadora, são liderados por dirigentes vaidosos, amadores e sem liderança. A incompetência, o desinteresse e falta de controle sobre diretores dominam o cenário do futebol riobonitense.
Os torcedores, ao longo do tempo esqueceram o papel do “torcedor” e vivem invadindo os gramados por qualquer erro de arbitragem, o que contribui para tornar ainda mais decadente o futebol riobonitense. Além disso, os atletas perderam a paixão pelos clubes e com raríssimas exceções se alugam a troco de cervejas e pares de chuteiras.
Diante desse dilema, a Prefeitura Municipal, através da sua Secretaria de Esporte e Lazer, já há alguns anos prefere não interferir para evitar desgaste político e um provável ônus que seria atribuído a administração municipal.
Pedido de socorro
Adilson Carioca na final da Copa Unimed 2011, no Rio Bonito Atlético Clube |
Ao ser informado da situação lastimável do futebol riobonitense, o vice-presidente demonstrou-se solícito, inteirou-se dos problemas e garantiu que faria um relatório com as informações apuradas ao presidente Rubens Lopes.
No dia 5 de julho de 2011, a nossa redação recebe por e-mail, um comunicado do vice-presidente informando que já havia levado o problema ao presidente da FFERJ. Passados quatro meses, nada mudou e a impressão que temos é que vai demorar a mudar.
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