sábado, 12 de novembro de 2011

Cultura é assunto no programa “O TEMPO EM RIO BONITO”

Flávio Azevedo

Os músicos Osmar Nunes (E) e Francisco Azevedo, convidados do dia 6/11, deram uma grande entrevista 
Com o objetivo de celebrar o Dia Nacional da Cultura Brasileira que aconteceu no último dia 5 de novembro, o programa “O TEMPO EM RIO BONITO”, da Rádio Sambê FM (98,7), do último domingo (6/11), debateu o tema recebendo os músicos, poetas e compositores, Francisco Azevedo e Osmar Nunes. O debate girou sobre as atividades culturais dos entrevistados, a carreira de cada um, a importância do fortalecimento da Cultura para a sociedade como um todo e, sobretudo a necessidade de se investir e fomentar movimentos e atividades desse setor.

O poeta Francisco Azevedo também apresentou a sua mais recente realização, o livro Retalhos da Vida, uma compilação de textos, poesias e histórias que o escritor vem escrevendo há cerca de 40 anos. Além disso, o poeta, que também é bandolinista, tocou algumas músicas do seu repertório (Recordação) e de autores consagrados como Catulo da Paixão Cearense (Chuá... Chuá) e Waldir Azevedo (Pedacinho do Céu).

Já Osmar Nunes, cantou, de sua autoria, as músicas “Chorar pra quê?” e “Sem cantar eu não vivo”. Segundo Nunes, as melhores músicas surgem no momento de maior melancolia do autor. “Essas duas melodias são as que eu mais gosto. Elas foram compostas em Paquetá, um local que, para mim, serve como uma espécie de retiro. Eu estava num momento de profunda tristeza... Com a cabeça cheia de indagações, eu olhava as estrelas e o céu de Paquetá e surgiram essas músicas”, comentou.

Investimento no setor

Osmar Nunes canta "Chorar Pra Que" acompanhado pelo bandolin de Francisco Azevedo
Sobre iniciativas do governo como a “Lei Rouanet” e a introdução da música na grade curricular das escolas, os músicos disseram concordar com a iniciativa. Eles classificam a música e o fomento a Cultura como uma iniciativa de combate às drogas e um elemento que pode contribuir para manter as famílias unidas por mais tempo. “A música trabalha a sensibilidade do indivíduo. Uma criança que é criada e educada num ambiente musicado, certamente terá a sensibilidade mais aflorada que as demais. Consequentemente, quando ela chegar a idade adulta será uma pessoa mais equilibrada e sensível”, assegurou Francisco Azevedo.
– Eu fui criado próximo a Praça XV, perto do Cais do Porto, num ambiente onde tudo favorecia para eu seguisse outro caminho. Mas a música me achou. Eu não tenho dúvida que ela contribuiu muito com a minha vida e, hoje, sou quem sou graças a música, que sempre me acompanhou – testemunhou Osmar Nunes.

Investimentos no setor cultural por iniciativa pública e privada é outro passo que Azevedo e Nunes apresentam como alternativas para o surgimento de novos artistas e escritores. “Tem muita gente boa por aí, mas não é barato publicar um livro ou gravar um CD. Os custos são altos, existe uma série de gastos e profissionais envolvidos no processo, e, muitas vezes, essa falta de condição faz com que a pessoa desanime e deixe o sonho no fundo da gaveta”, lembra Azevedo, para quem o Ministério da Cultura deveria criar um projeto que custeasse os novos artistas e escritores.

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