Uma das histórias mais significativas da Bíblia está escrita no livro de Êxodo. Os primeiros capítulos dão um panorama dos 430 anos de escravidão dos israelitas no Egito, nação considerada o berço da civilização moderna. O sofrimento dos cativos era grande. Aliás, boa parte das pirâmides e outras maravilhas do Egito antigo contam com mão de obra escrava dos israelitas e outros povos. A narrativa bíblica diz que com o objetivo acabar com esse cativeiro, Deus chamou Moisés para liderar os israelitas. Faraó discordou, mas depois de muitos flagelos, ele autorizou a partida dos descendentes de Abraão.
Ao ver, porém, toda aquela mão de obra, gratuita, indo embora, faraó se arrependeu e enviou os seus exércitos em busca dos israelitas. A missão dos generais era trazer os escravos de volta. Ao ver os soldados inimigos se aproximando, diz o capítulo 14, do livro de Êxodo, que os filhos de Israel temeram. O temor era compreensível, porque se na retaguarda os soldados se aproximavam, diante deles estava o mar vermelho e, ao lado, eles estavam cercados por cadeias de montanhas.
Ao ver o povo com medo e lamentando a sorte, Moisés consultou a Deus, que respondeu: “Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marche”. Alguns podem ter pensado: “Mas marchar para dentro d’água? Como assim?”. Segundo o relato bíblico, Moisés ergueu os braços, o mar se dividiu e uma estrada de areia se abriu diante dos israelitas. Quando o último deles alcançou a margem oposta, Deus ordenou que Moisés estendesse novamente a mão sobre o mar, para que as águas retornassem ao seu lugar. Moisés obedeceu e os egípcios se afogaram. O relato bíblico diz que “nenhum deles ficou”.
Diante dessa narrativa, que lições nós podemos tirar? Primeiro: o contato que Moisés demonstra ter com Deus. A verdade é que Deus quer ter o mesmo contato conosco nos dias atuais. Basta ter fé, consagração e comunhão. Segundo: diante de cada problema que nos aflige, é sempre importante consultarmos a opinião de Deus. Eu não tenho dúvida que se abrirmos os ouvidos da fé, certamente iremos ouvir de Deus a seguinte ordem: “marche!”.
No livro de Mateus, no capitulo 24, verso 13, o evangelista escreve parte de um dos sermões de Jesus Cristo. Nesse trecho o mestre disse que “aquele que perseverar até o fim será salvo”. Perseverança, um termo pouco conhecido nos dias atuais, onde segundo o polonês Zygmunt Bauman, tudo é líquido, tudo é relativo, tudo é volátil, porque a correria dos tempos modernos ofuscou a perseverança. Sendo assim, se um problema lhe aflige, lembre-se sempre que a orientação divina para nós é: “confie e continue marchando!”.
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