segunda-feira, 6 de maio de 2013

Pág. 07 - Vereador Reis aponta falta de médicos como um dos problemas da Saúde de Rio Bonito

Flávio Azevedo

O vereador Reginaldo Ferreira Dutra, o Reis.
Há algum tempo o grupo de mídias “O TEMPO” aponta a falta médicos como principal problema da Saúde em Rio Bonito e em todo Brasil. A ideia não foi bem digerida pela sociedade, sobretudo pela categoria, mas aos poucos os atores que lidam com essa problemática são obrigados a concordar. As causas para a falta dos profissionais, por exemplo, os altos salários pleiteados pela categoria, também foi assunto na sessão do último dia 5 de março. O tema foi abordado pelo presidente da Casa, o vereador Reginaldo Ferreira Dutra, o Reis (PMDB).

Segundo o parlamentar, no dia anterior, juntamente com ele, sete vereadores participaram de uma reunião com a diretoria do Hospital Regional Darcy Vargas (HRDV). No encontro, a direção da unidade apontou como principais problemas, a falta de profissionais e a dificuldade de se concorrer com os altos salários que estão sendo pagos nos grandes centros.
– Por conta das muitas reclamações a respeito da superlotação do HRDV e a constante falta de médicos marcamos esse encontro com a direção do hospital. Fomos muito bem recebidos e o problema é a falta de médicos, que querem receber salários superiores ao que HRDV pode pagar. O valor de R$ 8 mil não é atrativo, mas a instituição não reúne condições de pagar salários superiores – destaca o vereador.
O vereador pede paciência na condução dessa e de outras questões, porque a gestão da Prefeita Solange Almeida ainda está no início e ela assumiu a Prefeitura com uma série de problemas da gestão anterior. “Nós temos, por exemplo, uma escola no Parque Indiano que não teve condições de receber os alunos para o ano letivo de 2013, porque a parte elétrica estava em curto. A situação era tão séria, que dois gatos morreram eletrocutados na unidade. E se fosse um aluno?”, questionou Reis, lembrando que o governo anterior deixou uma dívida de R$ 900 mil com o HRDV.

O cenário preocupa

Em entrevista ao Programa Flávio Azevedo, da Rádio Sambê FM (98.7), o vereador disse que a falta de médicos também atinge a UPA e alguns Postos de Saúde. “Isso é prejudicial, sobretudo numa evidente epidemia de dengue”. O parlamentar também comentou a dificuldade para se contratar pediatras, profissionais em extinção em todo Brasil.
– Eu tenho sido muito procurado, muito cobrado, mas a diretoria do HRDV deixou claro que a falta de médicos é o grande problema. O salário que é pago no município (entre R$ 4 mil e R$ 8 mil) não atrai os profissionais, porque em outros centros eles estão recebendo entre R$ 12 mil e R$ 15 mil, o que é um absurdo – disparou o vereador.

Ainda segundo o parlamentar, o mesmo cenário é percebido na condução dos Programas de Saúde da Família (PSF) e área de Saúde em geral. “Conversei com Vânia Osório, sobre a questão dos postos e PSFs. Ela me informou que o município até quer pagar o salário que os médicos estão pedindo, mas no caso dos PSFs, o profissional tem que dar pelo menos quatro plantões, situação que não atrai os médicos”.

A repercussão negativa que esse problema causa para a classe política também preocupa o presidente, que pensa ser necessário debater a questão com a sociedade.
– Aos poucos nós vamos percebendo que o problema não é do prefeito, do secretário, do vereador, nem da diretoria do hospital, que acabam ficando refém de uma situação que precisa ser apresentada a população. Os profissionais estão se valorizando, acredito que eles estão corretos, mas os municípios menores estão sendo extremamente prejudicados com esses salários milionários que estão sendo pedidos pelos médicos – frisou o parlamentar.

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