segunda-feira, 6 de maio de 2013

Pág. 16 - Anderson Tinoco: “transporte universitário é compromisso do nosso governo”

Flávio Azevedo

O vice-prefeito Anderson Tinoco junto com estudantes no transporte universitário.
O prefeito em exercício, Anderson Tinoco (Rio Bonito) informou no Programa Flávio Azevedo do último dia 21 de março, que sabedor das queixas relacionadas ao transporte universitário, ele viajou no dia anterior (ônibus de Niterói) junto com os estudantes (horário de 17h). “O objetivo foi ouvir os universitários. Realmente a superlotação existe e já estamos trabalhando para resolver essa questão”, afirmou Andinho, acrescentando que em termos de valores, a aquisição de novos ônibus e a terceirização do serviço se equivale. “Sendo assim, nós estamos estudando o custo benefício antes de tomar a decisão final”.
– Ao tomar conhecimento da insatisfação dos universitários, eu decidi acompanhá-los até Niterói e constatei a superlotação. No início do governo, a prefeita Solange Almeida pediu que eu acompanhasse essa questão. No primeiro momento eu identifiquei um ônibus com motor batido, outros estavam com problemas nas lanternas, nos faróis, no limpador de para-brisa, entre outras coisas – destacou.

Ainda sobre transporte público, o prefeito em exercício opinou sobre o acidente que ocorreu na Serra do Sambê com um ônibus da São Geraldo, na noite anterior (20/03). Ele começou parabenizando a atuação dos homens do Corpo de Bombeiros, disse que o ônibus realmente aparentava ser um veículo novo e classificou como heróica a atuação do motorista. “Encarar um paredão daqueles não é para qualquer um. Além de ser um bom motorista ele demonstrou coragem ao conduzir o ônibus até ali. Acho, inclusive, que o ato dele foi heróico”.

Precisamos de ensino superior aqui

Uma das teses defendidas pelo jornal “O TEMPO” é que “caso a Prefeitura continue a comprar ônibus para o transporte universitário, em curto período de tempo, o município terá uma frota maior que as empresas Rio Ita e São Geraldo. Sendo assim, a grande mobilização da sociedade deveria ser para que a Faculdade Cenecista de Rio Bonito (Facerb) fosse ampliada; e para que novas universidades sejam atraídas, “inclusive, as mobilizações deveriam ser nessa direção”. Apresentada essa ideia ao prefeito em exercício, Anderson Tinoco, ele concorda e afirma que “com o crescimento da demanda, as faculdades começam a ver a Rio Bonito com outros olhos”.
– Essas instituições visam lucro e só virão para Rio Bonito se vislumbrarem essa possibilidade. Acredito que precisamos caminhar juntos nessa direção e isso não pode ser pensado de forma partidária. Acredito que se unirmos as nossas forças, população e poder público, os resultados serão muito positivos. Eu já fiz a minha análise, estou esperando o retorno da prefeita e vamos tomar uma decisão sobre o transporte dos universitários e também a respeito da implantação de ensino técnico e superior na cidade – afirmou Andinho.

Outras ideias

A ideia de se implantar uma cota mínima que deveria ser paga pelos universitários; a criação de uma autarquia que gerenciasse o transporte universitário e cuidasse da manutenção dos ônibus, e que fosse coordenada pelos próprios estudantes; também foi conversado com o prefeito em exercício. Ele também foi questionado sobre o aproveitamento dos universitários em Rio Bonito, que custeia o transporte dos estudantes durante quatro, cinco, seis anos, mas depois que eles se formam, desenvolvem as suas atividades no Rio de Janeiro, em Niterói etc.

O prefeito em exercício afirmou que essas questões preocupam a prefeita Solange Almeida, mas descartou a cobrança de qualquer tarifa pelo transporte universitário. “Eu particularmente discordo, porque o brasileiro já paga muito imposto. O que eu penso que poderia ser feito é uma triagem para se perceber quem realmente é carente e precisa do transporte gratuito, porque em alguns casos eu concordo que a pessoa tem condições de custear esse deslocamento”. Ele acrescentou que durante a sua viagem com os universitários, uma aluna sugeriu a criação de uma bolsa para os universitários.
– A universitária que tocou nesse assunto afirmou que sai de Rio Bonito para Macaé e presta, naquele município, um serviço que poderia estar sendo executado na cidade onde mora. Ela comentou que em Macaé os salários são maiores que Rio Bonito, mas nós não temos como competir com Macaé. Uma coisa puxa outra e nós já estamos planejando atrativos e mecanismos para trazer empresas e indústrias para a nossa cidade, o que representa, além de um reforço financeiro importante, a abertura de oportunidades de emprego no município – pondera.       

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