Flávio Azevedo
O vice-prefeito Anderson Tinoco junto
com estudantes no transporte universitário.
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O prefeito em exercício, Anderson
Tinoco (Rio Bonito) informou no Programa Flávio Azevedo do último dia 21 de
março, que sabedor das queixas relacionadas ao transporte universitário, ele
viajou no dia anterior (ônibus de Niterói) junto com os estudantes (horário de
17h). “O objetivo foi ouvir os universitários. Realmente a superlotação existe
e já estamos trabalhando para resolver essa questão”, afirmou Andinho, acrescentando
que em termos de valores, a aquisição de novos ônibus e a terceirização do
serviço se equivale. “Sendo assim, nós estamos estudando o custo benefício
antes de tomar a decisão final”.
– Ao tomar conhecimento da
insatisfação dos universitários, eu decidi acompanhá-los até Niterói e
constatei a superlotação. No início do governo, a prefeita Solange Almeida
pediu que eu acompanhasse essa questão. No primeiro momento eu identifiquei um
ônibus com motor batido, outros estavam com problemas nas lanternas, nos
faróis, no limpador de para-brisa, entre outras coisas – destacou.
Ainda sobre transporte público, o
prefeito em exercício opinou sobre o acidente que ocorreu na Serra do Sambê com
um ônibus da São Geraldo, na noite anterior (20/03). Ele começou parabenizando
a atuação dos homens do Corpo de Bombeiros, disse que o ônibus realmente aparentava
ser um veículo novo e classificou como heróica a atuação do motorista. “Encarar
um paredão daqueles não é para qualquer um. Além de ser um bom motorista ele
demonstrou coragem ao conduzir o ônibus até ali. Acho, inclusive, que o ato
dele foi heróico”.
Precisamos
de ensino superior aqui
Uma das teses defendidas pelo jornal
“O TEMPO” é que “caso a Prefeitura continue a comprar ônibus para o transporte
universitário, em curto período de tempo, o município terá uma frota maior que
as empresas Rio Ita e São Geraldo. Sendo assim, a grande mobilização da
sociedade deveria ser para que a Faculdade Cenecista de Rio Bonito (Facerb) fosse
ampliada; e para que novas universidades sejam atraídas, “inclusive, as
mobilizações deveriam ser nessa direção”. Apresentada essa ideia ao prefeito em
exercício, Anderson Tinoco, ele concorda e afirma que “com o crescimento da
demanda, as faculdades começam a ver a Rio Bonito com outros olhos”.
– Essas instituições visam lucro e só
virão para Rio Bonito se vislumbrarem essa possibilidade. Acredito que
precisamos caminhar juntos nessa direção e isso não pode ser pensado de forma
partidária. Acredito que se unirmos as nossas forças, população e poder
público, os resultados serão muito positivos. Eu já fiz a minha análise, estou
esperando o retorno da prefeita e vamos tomar uma decisão sobre o transporte
dos universitários e também a respeito da implantação de ensino técnico e
superior na cidade – afirmou Andinho.
Outras
ideias
A ideia de se implantar uma cota
mínima que deveria ser paga pelos universitários; a criação de uma autarquia que
gerenciasse o transporte universitário e cuidasse da manutenção dos ônibus, e
que fosse coordenada pelos próprios estudantes; também foi conversado com o
prefeito em exercício. Ele também foi questionado sobre o aproveitamento dos
universitários em Rio Bonito, que custeia o transporte dos estudantes durante
quatro, cinco, seis anos, mas depois que eles se formam, desenvolvem as suas
atividades no Rio de Janeiro, em Niterói etc.
O prefeito em exercício afirmou que
essas questões preocupam a prefeita Solange Almeida, mas descartou a cobrança de
qualquer tarifa pelo transporte universitário. “Eu particularmente discordo,
porque o brasileiro já paga muito imposto. O que eu penso que poderia ser feito
é uma triagem para se perceber quem realmente é carente e precisa do transporte
gratuito, porque em alguns casos eu concordo que a pessoa tem condições de
custear esse deslocamento”. Ele acrescentou que durante a sua viagem com os
universitários, uma aluna sugeriu a criação de uma bolsa para os universitários.
– A universitária que tocou nesse
assunto afirmou que sai de Rio Bonito para Macaé e presta, naquele município,
um serviço que poderia estar sendo executado na cidade onde mora. Ela comentou
que em Macaé os salários são maiores que Rio Bonito, mas nós não temos como
competir com Macaé. Uma coisa puxa outra e nós já estamos planejando atrativos
e mecanismos para trazer empresas e indústrias para a nossa cidade, o que representa,
além de um reforço financeiro importante, a abertura de oportunidades de
emprego no município – pondera.
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