segunda-feira, 6 de maio de 2013

Pág. 10 - Primeiro céu, depois inferno!

*Leonardo Peclat Marins

Caro leitor, parei de escrever nesse estimado jornal devido à campanha política, mas agora retorno com muito prazer. Hoje tanta gente escreve tanta coisa e acredito que posso contribuir, nem que seja um pouquinho, para uma reflexão saudável e pertinente em nosso município e redondezas.

Hoje em dia estou muito feliz por fazer parte da nossa Secretaria Municipal Antidrogas (SEMAD), que foi criada por iniciativa da prefeita Solange Almeida. Recentemente, também foi criada a Secretaria Estadual de Prevenção as Drogas. Entre se fazer nada ou fazer algo, bem melhor esse esforço para que algo aconteça. O que não podemos é assistir calados e, passivamente, o crescente consumo dessas substâncias diabólicas em Rio Bonito. Ninguém está livre de sua ação devastadora. Cada vez é menor a idade dos que embarcam nesse caminho. Ela não escolhe classe social, raça, cor ou nação. Já é considerada uma epidemia mundial pela Organização Mundial de Saúde.

Na revista, O Globo, do dia 14 de abril de 2013, eu li uma reportagem sobre a história de JOÃO FLÁVIO LEMOS, um milionário empresário que usou drogas por 23 anos e está há 5 anos sóbrio. Ele foi usuário de cocaína e crack e teve que se afastar do seu trabalho algumas vezes por conta disso. Atualmente ele é vice-presidente da empresa WLM, que representa a montadora Scania na America Latina e possui fazendas agropecuárias.

Entrou nesse caminho tardiamente com 32 anos de idade por intermédio de uma namorada. Ele achava que não iria se viciar, porém, conforme relatou: “o problema é que a droga traz uma paz enorme. Você vai ao céu, antes de cair no inferno”. Ele conta algumas histórias como ser amigo pessoal de Roberto Carlos, que teria composto a música “O careta”, para tentar tirá-lo dessa; como também seus namoros e amizades com pessoas famosas. E, após 10 internações, ele decide parar o uso de drogas por perceber o mal que fazia a sua família. “Parei por vários motivos, entre eles meus filhos”.

A história dele é uma exceção. Para a maioria o caminho de volta desse inferno não existe ou quando acontece deixa marcas profundas nas pessoas que o amam. A melhor coisa é nunca experimentar, não se achar imune como o João Flávio. Nossas famílias e escolas se preocupam em falar sobre orientação sexual, DST, gravidez e outras coisas do gênero. É muito válido, mas já passou da hora de discutirmos abertamente esse tema com os nossos. Dizer que não vale à pena, mostrá-los que nunca devem experimentar por mais tentador que possa parecer.

Você que lê esse artigo, tenha coragem de dizer NÃO! Mesmo que passe por problema, mesmo que o vazio ronde seu coração, mesmo que tenha tido algum fracasso, mesmo que sua família não esteja como gostaria, mesmo, mesmo, mesmo... A droga nunca será um refúgio, apenas uma fuga! Quer a dica de um caminho, de um abrigo seguro? DEUS!!!

Caso você ou alguém que ama tenha entrado nesse caminho de morte, não desista, mesmo sabendo que a luta é árdua. Conte sempre com nosso apoio!

*Leonardo Peclat Marins é professor
Facebook/leopeclat

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