segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Pág. 5 - “Rio Bonito precisa estar unido na luta contra a dengue”


Flávio Azevedo

A equipe de combate a Dengue de Rio Bonito está preparada para combater o mosquito  transmissor.
Se depender da equipe que assumiu a coordenação do Programa Municipal de Combate a Dengue (PMCD) da Prefeitura de Rio Bonito, a doença está com os dias contados no município. A promessa é que os agentes irão trabalhar firme no combate ao mosquito Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e irão implementar ações contra os roedores. Todavia, o coordenador do programa, Roberto Carlos da Silva Gomes, afirma que sem a colaboração da população a luta não terá os resultados almejados, “porque a doença começa dentro da nossa casa e em nossos quintais”.
– Como estamos recebendo muitas notificações de casos de dengue em bairros como Praça Cruzeiro, Rio do Ouro, Monteiro Lobato e Ipê, nós já começamos a atuar forte nessas localidades. Nós estamos indo rua por rua e a população tem nos recebido muito bem. A Secretaria de Saúde, inclusive, já autorizou o uso do fumacê nos pontos mais críticos. Qualquer problema o riobonitense pode ligar para (21) 3634-4234, que nós estamos prontos a atender – garantiu Roberto.

Durante a entrevista, o coordenador do PMCD fez um apelo à população: “eu peço que, por favor, quando alguém da nossa equipe chegar a sua casa, você receba bem o nosso agente. Ele estará devidamente uniformizado, identificado, o morador pode pedir que ele apresente a credencial, mas franqueie a entrada dele na sua residência, porque é importante para o resultado do trabalho”. Roberto acrescentou que os proprietários de algumas imobiliárias estão ligando para o PMCD e franqueando a entrada dos agentes nas casas que estão sob a responsabilidade deles. “E em várias dessas residências que estão sob administração das imobiliárias nós encontramos focos do mosquito transmissor da dengue. Quem fez contato conosco nós atendemos e foi bom para todo mundo”.

Para o gerente técnico do programa, Vilcimar Rodrigues Fortes Araújo, “as pessoas precisam abrir as suas casas também para o fumacê, que passa em dias sem chuva e em horários sem a incidência dos raios solares”. Ele também recomendou um olhar atento da população aos vasos de planta e demais utensílios domésticos que precisam de armazenamento de água, “porque pode ser um criadouro sem que a pessoa perceba”.
– As pessoas também podem, ao encontrar a nossa equipe no seu bairro, chamar o nosso agente para vistoriar a sua casa. Podem confiar em nosso pessoal porque eles estão preparados, treinados e orientados a atender a todos. Qualquer problema, o que acreditamos que não acontecerá, o morador pode ligar para o nosso telefone e informar o que ocorreu – frisou o gerente técnico, que pediu para os pais impedirem as crianças de ficarem correndo atrás do carro do fumacê, “porque faz mal inalar os vapores do fumacê e a criança pode tropeçar, cair e acontecer um acidente”.

Problemas do fumacê

 Profissional exibe equipamento manual.
Instrumento condenado por alguns e olhado com desconfiança pelos próprios órgãos de Saúde, o fumacê, tradicional método de combate a dengue, deve ser recebido com alguns cuidados pelos moradores. Usado, nos últimos anos, apenas em localidades onde a incidência da doença é grande, o fumacê, por conta do inseticida usado na composição dos seus vapores, está no centro de grandes discussões. A substância pode provocar alergias (respiratórias ou na pele) em pessoas mais sensíveis.

Portadores de doenças respiratórias também devem evitar o ambiente que esteja tomado pela fumaça do fumacê. A recomendação é que se retire de casa os indivíduos vulneráveis, mas que as janelas e portas fiquem abertas para que os insetos que estão dentro de casa sejam eliminados. Outra reclamação direcionada ao fumacê é o fato dele também matar os demais insetos e animais menores, o que causa desequilíbrio ambiental. Para quem tem pássaros em gaiolas, a orientação é trocar a água das aves depois da passagem do fumacê.

Os coordenadores do PMCD, porém, tranqüilizam a população e garantem que o produto dissolve muito rápido, a concentração permitida pelos protocolos estão sendo respeitadas e destacam que num período de uma semana a natureza se recompõe. “Por isso que nós não podemos passar o fumacê na mesma localidade todos os dias como querem alguns. O prazo protocolar é uma vez por semana”, destaca Roberto, lembrando que “os proprietários de quintais grandes, oficinas, galpões, se desejaram, podem ligar para a nossa sede, combinar com alguém da nossa equipe que esteja na localidade, e nos levamos o fumacê no interior do local apontado”, concluiu.

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