Flávio Azevedo
“Com
o objetivo de combater o mosquito
transmissor da dengue, Estado e município fecharam parceria para...”. Esse
é o enunciado de boa parte dos noticiários sobre Saúde, Brasil a fora, nessa
época do ano. Entretanto, fica muito nítido que essa parceria deixa de fora
alguém muito importante: “o cidadão”, aquele que, às vezes involuntariamente, estimula
a proliferação do temido Aedes
Aegypti, ou “mosquito da dengue”.
Se na década de 90, no Rio de Janeiro,
Estado e municípios debatiam “de quem era a responsabilidade do combate ao mosquito”,
atualmente, os verdadeiros donos do Aedes
Aegypti ficam de fora dessas discussões. Aliás, todos os anos é a mesma
coisa: surto, pessoas doentes, troca de acusações, questionamentos (a culpa é
de quem?), mas o problema continua.
Apesar da aparente preocupação, Brasil
a fora as instalações dos serviços de combate ao Aedes Aegypti são acanhadas, os profissionais são mal
pagos, por vezes mal treinados e o combate existe apenas quando a doença está
na mídia. Por outro lado, através de práticas reprováveis, o cidadão dá ao
inseto, um ambiente favorável para a sua proliferação.
Entre outras coisas, contribuem para
multiplicação do mosquito: lixo em quintais, terrenos baldios, descarte do lixo
em local inadequado, recipientes com água limpa e parada (geralmente dentro de
casa), caixas d’água destampadas, água empossada em qualquer lugar etc. Junte
isso com a tradicional falta de bom senso, o mosquito está tranquilo para voltar
a atacar na próxima estação quente.
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