Flávio Azevedo
Músicos presentes nos estúdios da Rádio Sambê FM (98,7) para participar do programa "O TEMPO EM RIO BONITO". |
– Conversando com os jurados, eles disseram que quando nós colocamos os estilos Gospel e secular juntos, o julgamento fica prejudicado por conta de algumas diferenças técnicas que existe entre os estilos. O desempenho, a postura no palco e vários outros detalhes, do músico que trás uma melodia gospel, é diferente de quem vai cantar uma canção secular. Decidimos atender a opinião de quem entende e resolvemos realizar dois festivais: um para o estilo Gospel e outro apenas com música secular – Revelou Ronen.
O secretário Ronen Antunes |
O programa
Um ‘balão de oxigênio’ para os amantes dos movimentos culturais, o programa “O TEMPO EM RIO BONITO”, além de dar visibilidade aos artistas que participaram do 4ª Festival da Canção, debateu a necessidade urgente de políticas públicas voltadas à Cultura, explicitou a importância dos investimentos nesse setor e produziu reflexões sobre a utilização da música e da arte como válvula de escape e instrumento de prevenção contra as drogas e a ociosidade.
Ao secretário Ronen Antunes também foi sugerido pelo jornalista Flávio Azevedo, que nos próximos eventos de grande porte realizados pela Prefeitura Municipal, como a XII Exposição Agropecuária que aconteceu na primeira semana de setembro, seja montado um palco alternativo para receber os artistas locais. O secretário concordou e disse que nos próximos eventos essa ideia será analisada.
A cantora gospel Rogéria Rangel |
Estímulo ao debate
A segunda apresentação no programa foi do músico e compositor Sander, um personagem esclarecido, que trouxe a música em ritmo Reggae, Rio de Janeiro. Concluída a apresentação da melodia, Sander fez algumas reflexões importantes e provocadoras sobre comportamento, sociedade, o papel da mídia como formadora de opinião e política.
Sander trouxe um Reggae de composição própria de nome Rio de Janeiro |
– Há uma necessidade urgente de uma renovação na mentalidade política de Rio Bonito, uma cidade que precisa se renovar e encontrar a sua real vocação. Essa Renovação tem que ser rápida – disparou o artista, que há cerca de sete anos tem um projeto chamado “Cidadania Viva” que aborda, nas escolas, a influência da mídia, sexualidade, drogas e ética familiar, que ele classifica como “a base de tudo”.
Ainda segundo Sander, hoje, a juventude é violenta, promíscua e está o tempo todo sendo estimulada ao consumismo. “Não me entendam como preconceituoso, mas o Funk foi aprovado na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), por ser um ritmo que reduz o ser humano a saciedade do sexo, do consumo de drogas e do consumismo. Não é interessante que a cabeça do adolescente evolua. A turma lá de cima (políticos) quer ver funcionando apenas os braços e as pernas do indivíduo. O cara trabalha a semana inteira, compra uma roupa bacana e vai para o baile fazer filho. Assim, ele continuará dependendo desses mesmos governantes que há muitos anos lucram com essa realidade”, destacou Sander.
A campeã
A vencedora do 4º Festival da Canção, Bruna Matos já tem um CD gravado e tem um estilo próprio de compor e cantar |
Muito consciente e demonstrando grande maturidade, Bruna que tem apenas 18 anos comentou que “os dons são presentes de Deus e isso deve ser repartido com amor com as pessoas”.
Participou da entrevista o pai da Bruna, que falou sobre um projeto que ele idealizou a partir do momento que ele descobriu o talento da filha quando ela tinha apenas 15 anos.
Niltinho, pai de Bruno ressaltou a importância da estrutura famíliar na formação dos filhos |
– Ela começou desenvolver, sozinha, a sua musicalidade e quando percebemos isso nós demos total apoio. Ela toca, o meu filho toca, nós acabamos construindo, lá em casa, um estúdio; gravamos um CD e temos um projeto de criar um espaço que estimule a musicalidade de outros jovens – contou Niltinho.
Os últimos artistas
Fábio Torres comemora a volta dos festivais e defende mais eventos culturais para salvar jovens e adolescentes das drogas |
Músico da orquestra da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a UERJ Jazz Band, Fábio é formado pela Escola de Música Vila Lobos e pela Academia Brasileira de Música Lourenço Fernandes, na Lapa, no Rio de Janeiro.
– Assim como eu, nós temos muita gente que não consegue visibilidade em nossa cidade. Penso que as igrejas e mais recentemente o projeto “Lona na Lua” são os grandes estimuladores da Cultura em Rio Bonito. A música tem sim a capacidade de retirar a pessoa dos caminhos da droga e de oferecer uma perspectiva melhor de vida, porque você trabalha o lado emocional do indivíduo – analisou.
A última apresentação do programa foi de Sebastião Duarte, o popular Tião do Violão, que apresentou a música “Vida na Roça”, canção de sua autoria que trouxe uma letra criativa, simples e muito singela onde a vida do campo foi abordada de forma pitoresca e encantadora. O músico revelou que está gravando um CD, aceitou o convite de fazer o lançamento no programa “O TEMPO EM RIO BONITO” e disse ao secretário de Esporte e Lazer que “mais festivais e eventos culturais precisam acontecer para estimular a arte e dar visibilidade aos muitos artistas que estão escondidos em Rio Bonito”.
O músico e instrumentista Felipe Castro é um dos guitarristas mais requisitados de Rio Bonito |
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