quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Pág. 8 - Panem et circenses

Leonardo Peclat
*Leonardo Peclat

Daqui a um ano estaremos mais uma vez voltando às urnas para elegermos os administradores do nosso município. Já se começa a respirar os ares da eleição!

Quando surge esse assunto, a maioria das pessoas se demonstra reticentes, desacreditadas e até “enojadas”. E para dizer a verdade o nosso quadro político, seja local ou nacional, frequentemente nos induz a isso.

Acredito, porém, que como cidadãos conscientes, nós precisamos criar um “espaço de esperança” dentro de nós. Começarmos a vivenciar desde já esse processo. Conhecer as reais necessidades do nosso município e votar da maneira mais consciente possível. Em outras palavras, não permitir que o pessimismo nos invada de tal forma, a ponto de acharmos que não vale à pena se envolver.

Quero aqui contribuir com o caro leitor dando-lhe um critério de escolha. Evite a “panem circenses” ou a “política do pão e do circo”. Na Roma Antiga, com o crescimento descontrolado da população, adotou-se esse método que se mostrou e ainda se mostra muito eficiente até os dias de hoje. É muito simples: de ao povo o que ele quer (não o que ele precisa) para que as pessoas esqueçam os problemas e não se rebelem contra o poder do estado.

Nada contra festas para o povo ou algo parecido, porém, nós precisamos de pessoas que visem mais o bem comum que o próprio. Que tenham mais comprometimento para que os serviços públicos cheguem até nós com maior eficiência.

Um exemplo são os investimentos feitos para a copa do mundo no Brasil. Cifras altíssimas e levantadas de forma rápida e, ao mesmo tempo, dizem não ter verba suficiente para Saúde, Educação, etc. Nada contra a Copa, apenas acho que se deveria haver o mesmo empenho em relação àquilo que realmente é necessário!

Utopia ou não, sigamos esperançosos para que nasça um tempo de mais ética no nosso mundo, no nosso país, no nosso estado e no nosso município. Façamos escolhas conscientes e não nos iludamos com a “panem circenses”!
 

        




*Leonardo Peclat é professor de filosofia

Nenhum comentário:

Postar um comentário