Informações sobre o Centro de Atendimento Educacional Especializado José Reis (CAEEJR), podem ser acessadas no endereço eletrônico a seguir: http://www.especialjr.com.br/
Flávio Azevedo
A diretora do CAEEJR, Mauricéia Alves. |
Sobre a suposta extinção da Escola José Reis, que hoje atende 92 alunos, a diretora informa que o CAEEJR está passando por muitas transformações. “O governo federal vê as escolas especiais como um espaço que promove a exclusão. Lugares como o tradicional Instituto Benjamim Constant, por exemplo, estão sofrendo bastante com isso. Não é a instituição que está sendo fechada, mas o modelo de Educação que é oferecido nesses espaços”, contou Mauricéia.
O problema, segundo a diretora, é que a idade dos alunos é variada. O CAEEJR, por exemplo, atende desde crianças de seis meses de idade, até adultos de 30, 40 e 50 anos, todos precisando de atendimento especializado.
– Diante dessas mudanças, a partir de julho 2010, a Secretaria de Educação e Cultura (Semec), com os coordenadores de Educação Especial, os integrantes da Supervisão de Educação e o Conselho Municipal de Educação, começaram a analisar uma nota técnica que tinha a proposta de transformar o José Reis, de Escola Especial em Centro de Atendimento Educacional Especializado – disse Mauricéia, frisando que a proposta é incluir os alunos na escola regular (o que já acontece), mas continuando com o atendimento no José Reis no contraturno.
Decisão
Durante a entrevista, Mauricéia Alves ressaltou a importância do seu grupo de trabalho. "A minha equipe me tranquiliza muito, eles são muito bons". |
O Conselho Municipal de Educação entendeu que para a Escola José Reis mudar para Centro de Atendimento Educacional Especializado, a Câmara Municipal de Vereadores deveria aprovar essa mudança. A mensagem que está tramitando no Legislativo. A proposta, porém, encontrou resistência da Comissão de Justiça, que é presidida pela vereadora Rita de Cássia (PP), que foi secretaria de Educação na administração Solange Almeida (1997/2004).
– A vereadora disse na última quinta-feira (15/09), que ela não recebeu a documentação e a legislação que nós preparamos. Aliás, os demais vereadores também não tiveram acesso a essas informações. Além de entregar esse material nas mãos da vereadora, junto com a coordenadora de Educação Especial, Garrolici Alvarenga, eu vou preparar um relatório sobre os nossos problemas, que vão desde a questão pedagógica até o financiamento – revelou Mauricéia.
A diretora do CAEEJR destacou ainda, que o José Reis atendia, até 2010, apenas pessoas com déficit intelectual e paralisados cerebrais, como prevê a legislação que regulamentou a criação da unidade. “Hoje, porém, nós atendemos surdos, cegos e todas as outras síndromes e deficiências. Ou seja, as mudanças são necessárias e os recursos para financiar tudo isso também. Temos notícias de uma escola regular que recebeu R$ 20 mil por conta de um aluno com necessidades educacionais especiais, mas o José Reis, que atende 92 alunos, não recebe nenhum recurso por não ser um Centro de Atendimento Educacional Especializado”, comentou a diretora ressaltando que “é por isso que estamos buscando essa regulamentação”.
Olimpede
Parte da delegação de Rio Bonito que participou da Olimpede, em Volta Redonda entre os dias 16 e 18 de setembro |
Assunto que ainda promete gerar polêmica, o transporte da delegação, também foi abordado pela diretora do CAEEJR. Ela reconheceu que o coletivo utilizado (ônibus universitário) não oferecia conforto a delegação de Rio Bonito, formada por alunos do José Reis, da Escola Municipalizada Professor Honesto Almeida de Carvalho, acompanhantes e professores. As famílias reclamam principalmente que o ônibus deveria ter banheiro. O excesso de paradas, no entendimento dos acompanhantes contribuiu para que a delegação chegasse atrasada e não participasse da abertura da Olimpede.
– Como essa foi a primeira vez que fomos a um evento desse porte, é tudo muito novo também para nós. Ano que vem, certamente nós vamos planejar a viajem e a nossa participação com mais antecedência, com mais tranquilidade e tudo será muito diferente – argumentou a diretora do CAEEJR.
DOSVOX
Mauricéia tem muitos planos para o CAEEJR |
O DOSVOX permite que o portador de deficiência visual seja independente, estude, trabalhe, utilize as redes sociais e consiga inclusão no mercado de trabalho.
Reflexão: Dado o número de portadores de necessidades especiais em Rio Bonito e as muitas famílias envolvidas nesse processo, nós das mídias “O TEMPO EM RIO BONITO” (jornal, rádio e mídias sociais) defendemos a criação de uma entidade não governamental, nos moldes da Associação dos Pais e Amigos do Excepcional (APAE). Talvez essa entidade seja a Pestalozzi que precisa de maior incentivo de todos nós.
Já há algum tempo estamos dizendo que a nossa “PREOCUPAÇÃO” deve dar lugar a “OCUPAÇÃO”. Precisamos reclamar menos e agir mais. A Prefeitura Municipal, as escolas, os investimentos da Educação e o Conselho Municipal de Educação poderiam ser fiscalizados e auxiliados por esse órgão (não sabemos e a Pestalozzi pode fazer esse trabalho), que poderia ser composto por pais e amigos dos portadores de necessidades especiais!
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