quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Pág. 15 - Espaço Municipal de Ensino Supletivo pede socorro

Flávio Azevedo

No EMES, o mesmo espaço abriga alunos e professores de disciplinas diferentes.
O Espaço Municipal de Ensino Supletivo (EMES), uma unidade escolar premiada, reconhecida por sua importante atuação em projetos voltados a cidadania e ao estímulo ao senso crítico, está batalhando para se manter funcionando e oportunizando o aprendizado aos seus quase mil alunos. Instituição que tem contribuído bastante para promover a Educação riobonitense, o EMES necessita de investimentos e espaço físico para desempenhar o seu papel com mais eficiência e excelência.

Na tarde do último dia seis de setembro, a nossa reportagem visitou as instalações do EMES, que desde 2009 está localizado provisoriamente no terceiro andar do prédio onde funciona a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec). O aperto e o desconforto das acomodações para professores e alunos não é o único problema enfrentado. A falta de material de limpeza, material escolar, papel higiênico, equipamentos e até água, são problemas constantes, geralmente resolvidos com uma ‘vaquinha’ entre os funcionários que se cotizam para comprar algumas coisas.

Por conta da função que ocupa e da natureza do seu cargo, a diretora do EMES, a professora Suely Nunes de Paula estava visivelmente constrangida com a provável repercussão dessa matéria, mas confirmou a situação desconfortável da unidade. Apesar disso, a diretora apresenta números que mostra a importância da escola. “O EMES, de 2006 até hoje, já diplomou 487 alunos. Se levarmos em conta que essa unidade é uma escola de Ensino Supletivo, os nossos números são muito bons”, afirma a diretora.

Uma sala verdadeiramente multiseriada e multidisciplinar
O bom desempenho da escola, que recentemente teve o prazer de ter um dos seus ex-alunos sendo aprovado num concurso da Petrobras, é o que mantém o corpo docente do EMES estimulado a trabalhar.
– Essa é a escola dos sonhos, porque ela atende as pessoas que por alguma razão foram excluídas pelo sistema educacional. Apesar dessas dificuldades, nós conseguimos resultados animadores. Se tivéssemos um espaço físico adequado, podendo, inclusive, receber os idosos que por conta dos 75 degraus que precisam subir até chegar até aqui, abandonaram a escola, os nossos resultados seriam muito melhores – argumenta Suely, revelando que já fez inúmeros memorandos sobre o assunto à Semec, mas nenhum deles foi respondido.

A diretora também confirmou a reclamação recebida pela nossa reportagem, denunciando que as aulas do EMES, semanalmente, são interrompidas por funcionários da Semec. “Os alunos são convidados a se retirar e ficam sem as aulas. Os integrantes da reunião, em vários momentos, usam de rispidez com os alunos e isso gera desgaste entre todos nós”, analisou.

Para justificar a preocupação com o EMES, a coordenadora pedagógica da unidade, a professora Fernanda Leite, apresentou os projetos que serão realizados no mês de setembro. “Temos o Projeto Educação e Cidadania, o Época na Educação, que nós sempre participamos; o Projeto Justiça, Cidadania e Saúde, que vai contar com três palestras e as inscrições estão esgotadas. Para fechar o mês de setembro, no dia 28, nós estaremos na Praça Fonseca Portela realizando o Projeto Conscientização e Trabalho, que também o objetivo de promover a escola”, disse Cláudia.

Justificativa

O vereador Fernando Soares pede providências para o EMES
Na Câmara Municipal, o vereador Fernando Soares (PMN), que visitou a unidade, cobrou investimentos para o EMES, investimentos no setor cultural da cidade e disse que a unidade escolar está “cumprindo a sua missão, por isso, ela deve ser respeitada”. Já a secretaria de Educação informou que o EMES está no prédio da Semec de forma provisória e que nos próximos meses a unidade será transferida para a Escola Municipal Dr. Paulo do Couto Pfeil, que terá o seu corpo docente e discente transferido para a escola que a Prefeitura vai inaugurar em breve na entrada da Caixa D’Água.

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