quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Pág. 9 - Solange Almeida quer qualificação profissional para jovens de Rio Bonito e região

Vera Lúcia Santos

A deputada federal Solange Almeida
A deputada federal Solange Almeida (PMDB) disse na última semana que a sua grande preocupação, hoje, é com a qualificação profissional dos jovens de Rio Bonito e região. Classificando o Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) como divisor de águas para o estado, sobretudo para a região, a parlamentar se diz preocupada com o fato da Prefeitura Municipal de Rio Bonito ter perdido o Instituto Federal Fluminense (IFF) que viria para o município.
– O Consórcio Intermunicipal da Região do Leste Fluminense (Conleste) decidiu que Rio Bonito teria um Instituto Federal, que é o antigo Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET). Algumas reuniões aconteceram, foi montada uma comissão provisória para discutir o assunto, o instituto seria instalado na Escola Municipalizada Professor Honesto de Almeida Carvalho (EMPHAC), no CIEP da Mangueirinha, mas como a Prefeitura não liberou o prédio todo, eles desistiram de vir para Rio Bonito – explicou a deputada.

Preocupada com o que classifica como “a grande oportunidade de qualificação profissional de nível técnico para os jovens de Rio Bonito e região”, a parlamentar contou que procurou o Ministério da Educação (MEC) para tratar do assunto, onde foi orientada a procurar o reitor do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), o professor Fernando Gusmão.

De acordo com a deputada, o professor demonstrou interesse em trazer o núcleo do Instituto Federal para Rio Bonito, disse que não é impossível, principalmente porque ela apresentou como alternativa, uma área federal, no Centro da cidade, que pode ser abrigar o IF.
– O prédio do antigo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) é uma área federal, ocupada pela Polícia Rodoviária Federal, que está num espaço pequeno. Eu conversei sobre a cessão do local com a Superintendente do Patrimônio da União do Estado do Rio de Janeiro (SPU/RJ), Marina Esteves. Ela me disse que a liberação da área é possível se a solicitação vier do MEC.

Um alerta

Segundo a deputada, o professor Gusmão comentou que a presidenta Dilma Rousseff (PT) já determinou os municípios que deverão receber um campus do Instituto Federal. “Itaboraí, Niterói, São João de Meriti e Belford Roxo, estão entre os municípios que serão contemplados, mas ele reconheceu que Rio Bonito, por conta do Comperj, pode receber um núcleo do Instituto”, afirmou Solange, frisando que a Petrobras já anunciou que a região receberá cerca de 900 indústrias, fora o Comperj. “Se nós não estivermos atentos a essa questão e não qualificarmos os nossos jovens, nós teremos um apagão de mão de obra em todos os setores”.

A região, inclusive, Rio Bonito, de acordo com a parlamentar, já está recebendo gente do Nordeste, de outras regiões do país, e até da Bolívia, para trabalhar no empreendimento da Petrobras.
– Lá trás nós não formamos armadores de ferro, pedreiros, carpinteiros e montadores de andaime, profissionais que trabalham direto na Construção Civil do Comperj. Hoje, se não começarmos a formar mão de obra técnica em Química, Polímero, Meio Ambiente, Segurança do Trabalho, Mecatrônica, Ultrassonografia de Ductos, Eletricista e Bombeiro Industrial, entre outras atividades, novamente ficaremos para trás – alertou a parlamentar.

Nova visita

Para tentar trazer para Rio Bonito os cursos técnicos profissionalizantes, a deputada Solange Almeida vai estar nos próximos dias com o Secretário Executivo do MEC, José Henrique Paim Fernandes. A ideia é viabilizar a vinda do curso técnico para a cidade, “um sonho muito acalentado pelos riobonitenses”.
– Paralelo a isso, nós não podemos nos esquecer do Ensino Superior. Nós precisamos direcionar o nosso jovem que está cursando o Ensino Médio e pensa ingressar numa faculdade. Nós já temos a Faculdade Cenecista de Rio Bonito (FACERB), que foi uma grande conquista para o município, mas poderíamos buscar outros cursos para os nossos jovens, como Engenharia, Arquitetura e Ciências Contábeis – disse.

Pensando no futuro, a deputada aconselha a contratação de uma consultoria para sinalizar a mão de obra que estará no topo das carreiras profissionais num futuro próximo. “Que cidade nós queremos daqui há cinco ou 10 anos? O país atravessa um momento econômico muito favorável e nós precisamos saber nos apropriar disso. A globalização é real, não se vive mais em feudos, mas não podemos perder os nossos empregos para pessoas de outros estados e até de outros países. Não podemos permitir que a única oportunidade de emprego para a população de Rio Bonito e região seja vender picolé na porta do Comperj”, concluiu.




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