Por Flávio Azevedo - Reflexões
Quem será o próximo riobonintense vítima do relaxamento administrativo das autoridades? |
Na manhã dessa terça-feira (04/10), encontro no Facebook um texto do advogado Luis Gustavo Martins, que tem ladeado conosco e outros amigos na luta pela Segurança Pública de Rio Bonito, narrando que nas primeiras horas de hoje, a residência de uma senhora de 86 anos, moradora da Rua Vereador Joaquim de Castro (mais conhecida como subida do Boqueirão), no Centro, foi invadida por três homens armados em busca de jóias, dinheiro e armas.
Ele continua o relato dizendo que imediatamente ligou para o 190 (número de emergência da Polícia Militar) que chamou até cair. Ele liga novamente e quem atende informa que já está recebendo o comunicado por algum familiar da vítima. O advogado se dirige ao local e ao chegar não vê os políciais militares. Ele faz contato com o comandante do 35º Batalhão de Polícia Militar de Itaboraí (que comanda a 3ª CIA da PM de Rio Bonito), coronel Danilo Nascimento, que além de tentar justificar o injustificável, ainda apresenta aquelas velhas e manjadas desculpas da falta de efetivo e outras coisas.
Parte do relato
8h5min – ligo para o Cel Danilo Comandante Geral do 35º BPMERJ em Itaboraí, e informo o fato e a ausência inexplicável da polícia até aquele momento, cobrando dele uma posição como Comandante do Batalhão. Ele tenta explicar o quantitativo de viaturas, outras ocorrências e toda aquela "ladainha" que já conhecemos. Disse-lhe de forma incisiva que aquilo não me interessava e como cidadão exigia a presença da polícia no local. Ele pediu que eu aguardasse.
8h25min – Coronel Danilo retorna a ligação para perguntar o endereço e o nome do policial que havia me atendido, quando então lhe interrompo e digo a ele que já passada quase 1 hora da comunicação do assalto a polícia ainda não havia chegado o que era uma VERGONHA, e que como cidadão, entendia que em Rio Bonito a PMERJ não tinha comando. Daí em diante o diálogo é rispido, ele tentando justificar o injustificável, e eu querendo que a polícia militar faça apenas o seu serviço.
Saio do local ás 8h35min sem a presença da polícia.
Conclusão
Ontem (03/10/2011), durante a reunião do Conselho Comunitário de Segurança (CCS), na Câmara Municipal, os policiais que estavam por lá disseram que os índices de roubo a veículos aumentaram. Mais tarde, em conversa com amigos, eu descobri que em Tanguá aconteceu o mesmo. Pela narrativa de Gustavo Martins e pela matéria que produzimos sobre roubos na Zona Rural de Rio Bonito, na última edição do jornal “O TEMPO EM RIO BONITO”, parece que os assaltos a residências também voltaram a acontecer.
Fica então a pergunta: QUEM SERÁ O AMÉRICO DA VEZ? Você? Eu? Algum dos nossos familiares? Algum dos nossos amigos? Essa situação me faz lembrar aquele jogo chamado “Roleta Russa”, onde os participantes colocam apenas uma bala em uma das câmaras de um revólver. O tambor da arma é girado, fechado e a localização do projétil é desconhecida. Os participantes apontam a arma para suas cabeças e atiram, correndo o risco da provável morte, caso a bala esteja na câmara engatilhada.
Penso que todos os dias acordamos com uma arma apontada para as nossas cabeças. Ela é disparada e, ás vezes, nem sabemos. Uso o exemplo da juíza Patrícia Acioli, que sem saber, já tinha escapado de duas emboscadas, antes da fatídica noite do dia 11 de agosto, quando os marginais conseguiram alcançar os seus objetivos de tirar a vida da magistrada!
Termino essas reflexões com a manchete do jornal “O TEMPO EM RIO BONITO”, edição de maio (nº 15). Vamos esperar para ver, “QUEM SERÁ O PRÓXIMO”!
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