segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Dor de cabeça do advogado adia julgamento da viúva da Mega-Sena

O advogado Jackson Rodrigues (à esquerda) apresentou um atestado e provocou o julgamento da Viúva da Mega-Sena
A juíza Roberta dos Santos Braga Costa, da 2ª Vara Criminal de Rio Bonito, adiou mais uma vez o julgamento da ex-cabeleireira Adriana Ferreira Almeida, viúva do milionário Renné Senna. O julgamento estava marcado para as 10h desta terça-feira. A decisão da magistrada teve como base uma petição protocolada em juízo às 13h30m desta segunda-feira, na qual o advogado de Adriana, Jackson Rodrigues, alega que fortes dores de cabeça — em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC) que teve recentemente — o impediriam de comparecer ao júri.

Além de Adriana, seriam julgados a personal trainer Janaína Silva de Oliveira, e os PMs Marco Antônio Vicente e Ronaldo Amaral de Oliveira, o China. O julgamento foi remarcado para o dia 28 de novembro. No fax encaminhado pelo advogado Jackson ao cartório há um atestado médico que diz que ele precisa de 40 dias de repouso, devido à "doença neurológica incapacitante".

Em sua decisão, a juíza demonstra insatisfação com mais um adiamento do julgamento - o quinto. "Em que pese a gravidade da enfermidade ora noticiada e até mesmo em função de tal fato, há de se considerar que o adiamento ora requerido se mostra extremamente prejudicial ao andamento do processo que, vale dizer, diz respeito a crime de homicídio qualificado perpetrado em 07 de janeiro de 2007, tendo transcorrido mais de quatro anos desde a referida data, sem que tenha sido possível a realização da sessão plenária de julgamento de quatro dos réus pronunciados. Não se afigura minimamente razoável o longo prazo transcorrido desde o assassinato da vítima Rene Senna, sem que tenha havido o necessário julgamento de quatro dos réus, valendo ressaltar que o julgamento pelo Tribunal do Júri de pessoas acusadas por delitos que atentem contra a vida constitui uma garantia constitucional do próprio réu, não sendo possível, portanto, adiamentos sucessivos, por prazo indefinido da Sessão Plenária (...)".

Para evitar que o júri seja novamente adiado em novembro, a magistrada determinou que Jackson Rodrigues indique um advogado de sua confiança para representar Adriana na audiência, caso ele não esteja completamente recuperado, "tendo em vista a gravidade da enfermidade noticiada no atestado médico".

Fonte: G1

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