Pág. 2 - Editorial - Edição 17 (Agosto de 2011)

Pe. Eduardo Braga

Já há algum tempo apontamos através da rede “O TEMPO EM RIO BONITO” (programa de rádio, jornal e mídias sociais), que o Padre Eduardo Braga, pároco da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, é um arauto em defesa dos valores, dos princípios do bem e dos bons costumes. Recentemente ele escreveu um artigo chamado “As famosas festas de 15 anos”.

No texto, o sacerdote aponta fatos, que, infelizmente, não são mais novidades. Segundo ele, a festa de 15 anos se tornou um lugar de perdição, degradação e ambiente de toda sorte de maldades. “Elas estão se tornando verdadeiros inferninhos. Além de já existir um bar montado, não são raras as festas em que os pais não podem entrar”.

Ainda segundo o pároco, ele foi informado por fontes seguras, que em muitas dessas festas, sexo e drogas rolam livremente. Ele faz um apelo aos fiéis: “a partir de hoje, não deixe os seus filhos irem a estas festas de 15 anos em Rio Bonito, salvo se você puder estar e se for certificado que não há bebidas”.

Bom, é lógico que como aconteceu em ocasiões anteriores, alguns libertinos estão dizendo que o padre tem cuidar da vida dele e se preocupar com os seus sermões. Aliás, já se tem notícias de pessoas que estão rezando para que ele seja transferido daqui.

Mas precisamos nos aprofundar um pouco mais nesse assunto. Na rede social Facebook, por exemplo, quando nós postamos o texto do padre Eduardo, alguém comentou que os jovens realmente estão iniciando a vida sexual muito cedo, as meninas estão experimentando a maternidade precocemente e os adolescentes estão cada vez mais envolvidos com drogas.

– As festas de 15 anos não são a maior preocupação, mas sim determinados bailes de Pagode e Funk que acontecem no campo do Rio Bonito Atlético Clube e no Motorista Futebol Clube, onde a promiscuidade e as drogas predominam. Sexta feira (19/08), quando eu voltava com meu namorado do Osawa Lanches, vi um grupinho de pré-adolescentes na porta do baile. As meninas estavam seminuas! Fiquei intrigada, andei investigando e descobri que muitas delas se prostituem em troca de bebidas ou por R$ 10,00 – informou a internauta.

Ela questionou: “onde que está o Conselho Tutelar que não vê essa situação?”.

Pois é... Nós até concordamos que essa instituição deve ser arrolada no tema, assim como o Comissariado de Menores e as autoridades em geral. Entretanto, já há algum tempo estamos dizendo que essas meninas e meninos têm pai e mãe (ninguém é filho de chocadeira!). E aqui, nós aproveitamos o momento para fazemos uma provocação: “onde estão esses pais? São dormentes? Loucos? Ou são promouters das tais festas condenadas pelo padre e, por isso, acham que “não tem nada haver”?

Também encontramos muita gente culpando os clubes, mas corremos o risco de sermos injustos com essas entidades. Na noite do Riba Fantasy, por exemplo, segundo fontes, as bebidas alcoólicas dos bares da Av. Sete de Maio acabaram. O bar do clube, muito pouco vendeu, porque os jovens já chegaram “calibrados” no evento. Restou ao clube limpar os efeitos dos muitos porres.

Dias atrás realizaram uma “Caminhada Para a Vida”, espero que os organizadores, entre eles o Padre Eduardo, não se ofendam, mas vamos seguir caminhando para lugar nenhum. Digo isso, porque enquanto os pais estiverem achando que os vereadores, Mandiocão, Marcos Abrahão, Sérgio Cabral, Solange Almeida e Dilma Rousseff são os responsáveis pelos seus filhos, esse quadro não vai mudar.

A igreja, a escola, o Conselho Tutelar, a Justiça, a Prefeitura, o professor das escolinhas, de balé, capoeira, dança, karatê, Kickboxing e futebol; o Lona na Lua, os alcoólicos anônimos, os núcleos esportivos e o raio que o parta, não conseguirão alcançar os seus objetivos sociais, se os pais não fizerem a sua parte.

Concluímos, parafraseando o padre Dudu: “os pais que agem dessa maneira, um dia terão que dar conta de tudo isso à Deus!”.

Festas e bailes... O que dizer?