quinta-feira, 31 de maio de 2012

Pág. 16 - Poluição sonora toma conta de Rio Bonito

Flávio Azevedo

Já há algum o Grupo de Mídias “O TEMPO” vem apontando que esse negócio de propaganda volante em Rio Bonito está desagradável e tem invadido a privacidade das pessoas de maneira arbitrária, deselegante e deseducada. Temos ouvido propagandas de venda de botijão de gás, às 7h da manhã de sábado, dia em que alguns reservam para dormir até um pouco mais tarde. Concordamos que as pessoas precisam trabalhar, mas os volumes estão muito altos e circulando muito cedo.

Um caso que comprova estar essa questão fora do controle é o veículo que passa anunciando um culto evangélico. O locutor avisa que a programação na igreja tal será abençoada e diz: “preletores:”... Momento de silêncio, para em seguida disparar: “DJ Galo Branco!”. A locução continua: “venha e traga a sua família, porque Deus tem reservado uma benção para você”... Novo silêncio até a voz continuar: “realização: Fenemê!”. Quem está distante não entende!

O caso é que duas motos de som faziam dois anúncios diferentes (e bota diferente nisso), mas com o mesmo locutor na narração. O CD de uma moto falhava, mas o da outra não. Sendo assim, DJ Galo Branco virou preletor de um culto de libertação; e o promoter Fenemê virou pastor evangélico! Como diria aquele locutor esportivo: “que desagradável!”.

Repercussão

Nas mídias sociais o assunto rendeu. O empresário Leonardo Richa classifica a situação como “vergonhosa”. Na postagem sobre o tema, ele comenta que “as pessoas que tem escritório mais próximo a rua, quando passam essas motos não tem como falar ao telefone”. Richa destaca outra questão que também deveria ser objeto de fiscalização: o som em estabelecimentos comerciais. “Ainda tem comerciantes com caixas de som ridículas achando que clientes são surdos”, reclama.

Também comentou o assunto o pastor Armando Carvalho, que afirma pensar dessa maneira há muitos anos. Ele também utiliza o termo “vergonha” para qualificar a questão! O pastor acrescenta: “nunca coloquei propagandas deste tipo por não acreditar nesse Marketing. Acho desrespeitoso e não conheço ninguém que tenha comprado alguma coisa ou estado em algum lugar por informações vindas dessa barulheira infernal. Eu aprendi um protesto pessoal, quando passa, eu tapo os ouvidos”.

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