quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Protesto da Polícia Rodoviária Federal + incêndio na Ponte Rio-Niterói = CAOS

Além da manifestação dos policiais, um incêndio tornou o dia do cidadão fluminense um inferno.
Agentes da Polícia Rodoviária Federal realizaram, na tarde desta quarta-feira (08/08), blitzes nos dois sentidos da Ponte Rio-Niterói, como protesto para chamar a atenção do governo e da população para as reivindicações da categoria. O movimento interditou duas pistas em cada lado da via, o que causou grande congestionamento na ponte, com reflexo em vários pontos de Niterói. A manifestação durou cerca de 2 horas. Pouco depois de liberadas as pistas, um ônibus pegou fogo na altura do vão central, no sentido Rio, provocando a interdição das quatro faixas, por cerca de 30 minutos e deixando o trânsito ainda mais complicado. 

No ônibus que pegou fogo – da Viação Fagundes – havia 30 passageiros. Uma mulher ficou ferida sem gravidade e foi atendida no local por uma equipe do Corpo de Bombeiros, de acordo com a concessionária CCR Ponte. O incêndio teria sido provocado por falha mecânica. Segundo a Nittrans, a interdição na ponte refletiu em congestionamentos na Alameda São Boaventura, Avenida Jansen de Melo, BR-101 e Avenida do Contorno. Agentes de trânsito atuaram nessas vias para facilitar o fluxo de veículos.

A operação padrão da PRF aconteceu próximo à Praça do Pedágio. Cerca de 50 policiais participaram do protesto, que contou com a distribuição de 20 mil panfletos. Um homem foi preso durante a mobilização. Segundo informações da polícia, o mototaxista, de 38 anos, teria um mandado de prisão contra ele. Em sua defesa, o suspeito disse que teria sido detido por furto, mas que não chegou a ser julgado e foi liberado pela Justiça. A PRF explicou que, como existe mandado de prisão em aberto, o homem, que saiu algemado do local, seria encaminhado à 76ª DP (Centro).

De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Rio de Janeiro (SINPRF-RJ), Marcelo Novaes, a manifestação teve como objetivo principal chamar a atenção do governo para a necessidade de realização de concursos públicos.
– Atualmente temos apenas cerca de 400 policiais nas rodovias do Rio, quando teríamos que ter no mínimo 1.200. Diariamente temos 15 policiais na ponte, hoje estamos com 50, com a intenção de realizar uma maior fiscalização e mostrar para a população e para o governo que poderíamos fazer um trabalho muito mais eficiente com a quantidade necessária de efetivo. Foram formados agora 750 policiais, sendo que apenas 30 vêm para o Rio, um número insuficiente – disse.

Segundo Novaes, a categoria vai aguardar as propostas do governo, que prometeu abrir um canal de negociações entre os dias 13 e 17 deste mês. Caso as reivindicações não sejam atendidas ele não descarta a possibilidade de greve. “A categoria considera que a greve é a última alternativa, pois é sempre prejudicial à população”, afirmou.

Ele acrescentou ainda que a mobilização cumpriu o seu objetivo, com uma pessoa presa e várias notificações feitas, mostrando a importância e necessidade do aumento de efetivo da categoria. Além de concursos públicos, os policiais rodoviários federais reivindicam melhores condições de trabalho, adicionais noturnos e reajuste salarial.

Fonte: O Fluminense

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