segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Concessão da Ponte Rio – Niterói pode não ser renovada


Os últimos reajustes na tarifa do pedágio da Ponte Rio - Niterói não agradou o governo.
 Se na última semana o governo federal surpreendeu o setor econômico e rodoviário do país ao anunciar a concessão de milhares de quilômetros de estradas federais, essa semana o setor fica abalado com a possibilidade da não renovação de rodovias federais licitadas nos anos 90. Confirmo a tendência o ministro dos Transportes, Paulo Passos, em entrevista ao jornal “O Estado de São Paulo”. Entre as rodovias que não terão a concessão renovada estão a Ponte Rio – Niterói, cujo contrato vence em 2015, e Via Dutra, cuja licença expira em 2021. Ambas as rodovias são administradas pela concessionária CCR.

De acordo com o ministro, parte das concessões trabalha com tarifas de pedágio elevadas. No final do mês passado, o pedágio da Ponte Rio – Niterói foi reajustado em 6,52%, para automóveis, caminhonetes e furgões, passando de R$ 4,60 para R$ 4,90. Já a tarifa da Via Dutra foi elevada em 5,3%, passando de R$ 9,60 para R$ 10,10 nas praças de pedágio de Moreira César, Itatiaia e Viúva Graça. O ministro também argumentou que as taxas de retorno dos investimentos das concessionárias previstas nos contratos são muito altas e giram em torno de 18% e 19%.

Para o ministro dos Transportes, o novo contrato de concessão da Ponte Rio – Niterói vai obrigar a concessionária a realizar investimentos como obras nos acessos tanto ao Rio quanto a Niterói. “Do ponto de vista dos investimentos nas primeiras concessões que foram feitas, nós temos alguns problemas que são de conhecimento público, que precisam ser resolvidos”, afirmou o ministro na entrevista.

Em resposta, a concessionária CCR minimizou as afirmações do ministro, mas admitiu que os investimentos feitos na Ponte e na Via Dutra são insuficientes. A empresa afirmou que está disposta a negociar com o governo e promover maiores investimentos nas rodovias.
– O Grupo CCR informa que está sempre pronto para dar prosseguimento às negociações em curso dos contratos de concessão, em virtude da necessidade urgente de diversos investimentos na Ponte Rio – Niterói e na Via Dutra, não previstos originalmente ou provenientes do crescimento econômico e social das regiões onde atuamos – comunicou a empresa.

Fonte: O Fluminense

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