Adriana Almeida, viúva de Renné Senna, chega ao Fórum de Arraial do Cabo (RJ) / Foto: Bruno Gonzalez |
“Tínhamos um prazo de quatro anos para entrar com essa ação e esperamos até o último momento. Se for comprovada a indignidade, ela perde os direitos do testamento e a parte dela passa para a outra beneficiada, que é a Renata”, explica o advogado Marcus Rangoni, que defende a filha do milionário.
A defesa da viúva alega que vai entrar com um pedido para arquivar o processo por acreditar que ele está fora de prazo. “Ele (o advogado de Renata) deu entrada no processo antes, mas ela só foi citada depois de quatro anos da morte dele. Para que ela seja considerada indigna, ela tem que ser condenada criminalmente antes. Na pior das hipóteses, se a Justiça não arquivar, pelo menos tem que suspender a ação até o veredicto na questão criminal”, rebate o advogado de Adriana, Jackson Costa.
Falsidade ideológica
No processo de falsidade ideológica, a viúva é acusada de omitir sua relação com Renné quando comprou uma cobertura em Arraial do Cabo. Na audiência, ela disse que ganhou o apartamento de presente. Segundo Rangoni, depois que ela declarou, em cartório, ser divorciada, o funcionário afirmou, em depoimento, ter perguntado sobre eventual união estável e ela manteve a resposta. Já o advogado da viúva afirma que a vendedora do imóvel, presente no momento de lavrar a escritura, diz que Adriana foi questionada apenas sobre seu estado civil.
O caso teve início em 2007, quando Adriana comprou uma cobertura em Arraial do Cabo, quatro dias antes do assassinato do marido. No processo criminal, testemunhas afirmam que a descoberta da transação foi um dos motivos de uma briga no casal, que chegou a fazer a viúva sair de casa.
Na época do assassinato, o então delegado titular da Delegacia de Rio Bonito (119ª DP), Ademir Oliveira, disse que a cobertura custou R$ 300 mil e foi paga com três cheques de R$ 100 mil, de uma conta conjunta de Adriana e Renné. Segundo Oliveira, a divisão seria para não alertar a gerência do banco, que poderia requisitar a concordância de ambos titulares da conta para o desembolso.
Relembre o crime
A reconstituição do crime, em 2007, levou muitos curiosos ao bar do Penco em Lavras, onde aconteceu o assassinato |
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