domingo, 27 de fevereiro de 2011

Pág. 11 - Sobram oportunidades por falta de mão-de-obra qualificada no mercado

Por Flávio Azevedo

O músico Paulo Sérgio Gomes (de preto) está radicado nos EUA há 13 anos.
Ele exercitou a conversação dos alunos da Yes! Curso de Idiomas 
Recente estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), sobre a percepção dos trabalhadores em relação à sua própria condição, apontou que a falta de qualificação parece um fator importante para que 37,7% dos desempregados deixassem de procurar ocupação. Entre os que aceitariam qualquer proposta de trabalho, 51,6% consideraram que a ausência de capacitação é um fator explicativo muito importante para a inatividade.
Porém, como explicar, que no país do emprego e da renda em alta, a falta de qualificação ainda seja um empecilho para boa parte das pessoas entrarem no mercado de trabalho? Para os especialistas, a dificuldade não está apenas em ter formação técnica. É necessário desenvolver qualificações comportamentais, como iniciativa, capacidade de resolução de problemas, visão sistêmica e liderança.
A qualificação é importante, principalmente, para quem está no início de carreira, mas a atualização deve ser constante. Na área de tecnologia, quem sai da faculdade já está desatualizado, por isso, é fundamental estar sempre buscando conhecimento. Outra dica importante, especialmente para os jovens, é procurar estágio o mais cedo possível, porque é ali que surgem as oportunidades.

Mercado aquecido

Fábio Ribeiro, presidente da Associação Brasileira de RH
O presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos – Seção Rio (ABRH-RJ) –, Fábio Ribeiro (foto) confirma que projetos como a Copa do Mundo de 2014, e as Olimpíadas de 2016, além das grandes obras de infraestrutura que estão sendo realizadas no estado, mostram que as oportunidades estão aparecendo no Rio de Janeiro. Diante dessa perspectiva, profissionais como tecnólogos em áreas de Petróleo, Construção Civil e Turismo serão os mais procurados. “O leque de oportunidades, inclusive, para quem tem apenas Nível Técnico. Em algumas áreas esses profissionais chegam a receber salários superiores a trabalhadores que tem formação superior”, revela o presidente da ABRH-Rio.
O diretor de Operações da Sampling, Planejamento e Treinamento, Fernando Quintella afirma que hoje no Rio há necessidade de trabalhadores em todas as áreas de Hotelaria, Infraestrutura e Petróleo e Gás. Segundo ele, faltam tanto técnicos, como soldadores e eletricistas, quanto especialistas, entre eles, engenheiros e tecnólogos. Para suprir a carência, Quintella recomenda a especialização em cursos técnicos de nível Médio ou Superior. Já o presidente da ABRH-RJ recomenda que para aproveitar o momento promissor, os interessados devem investir em um curso técnico, que é mais barato e mais rápido. Entretanto, ele faz uma alerta: “dominar um segundo idioma, como o inglês, por exemplo, é fundamental”.

Outro idioma

Fabiano Mello e Emanuella Carvalho, diretores da Yes! Curso de Idiomas de Rio Bonito 
Em entrevista ao programa “O TEMPO EM RIO BONITO”, do último domingo (20), os diretores da Yes! Curso de Idiomas de Rio Bonito, Emanuella Carvalho e Fabiano Mello (foto), ressaltaram a importância de se dominar outro idioma, diante do leque de oportunidades que está se abrindo na região com a chegada do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj).
– A maior parte das pessoas espera a oportunidade chegar para começar a se qualificar. Na verdade, esse processo tem que acontecer de forma inversa. O importante é se qualificar para que quando a oportunidade aparecer, a pessoa esteja preparada para começar a trabalhar. As empresas que prestam serviço à Petrobras e até a própria Petrobras, não podem ficar um ano esperando o indivíduo se qualificar para começar a operar – analisou Emanuella.
Professora de formação, a diretora da Yes! Curso de Idiomas comentou que “preocupa a postura dos moradores da nossa região, que ainda não atentaram para essa situação, principalmente os pais, que não estão investindo devidamente no futuro dos filhos”. De acordo com ela, quando o Comperj estiver pronto para operar, se as pessoas da região não estiverem qualificadas, a mão de obra virá de fora e quem mora nas cidades que estão no entorno do empreendimento da Petrobras ficará de fora.
– Dominar outro idioma é vital para os profissionais dessa área de petróleo e gás, porque as empresas desse setor querem os melhores profissionais. No departamento de Recursos Humanos (RH) a primeira pergunta é “você fala inglês?”. Aliás, não são poucos os casos de pessoas que chegam ao curso querendo falar inglês da noite para o dia porque foram chamadas para uma entrevista de emprego, mas não dominam o idioma – concluiu.



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