Flávio Azevedo
Para mostrar a evolução ou involução dos bens dos candidatos a prefeito de Rio Bonito, a nossa reportagem visitou o site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para coletar dados oferecidos pelos próprios candidatos. Os números são interessantes e as informações disponibilizadas podem ser analisadas como termômetro de como será o governo desses, senhores e senhoras.
As primeiras informações são do deputado estadual Marcos Abrahão (PT do B), que segundo dados do TRE tem ficado mais pobre a cada eleição. Esse ano, Abrahão declarou R$ 215 mil, entre casas, terreno e carro. Em 2010, quando foi reeleito deputado estadual, ele afirmou não ter bens a declarar. Já em 2008, ele declarou R$ 265 mil. O deputado estipulou os seus limites de gastos com campanha em R$ 1 milhão. O candidato a vice, Luiz de Mendonça Martins, o Luiz da Luz (PT do B), declarou R$ 175 mil (casa e carro) e atestou não pretender ter gastos de campanha.
O vice-prefeito Matheus Neto (PSB) declarou R$ 368 mil de bens, entre terrenos, operações financeiras e bancárias. Matheus evoluiu bastante em quatro anos, se levarmos em conta que em 2008 ele declarou R$ 54 mil (três terrenos, um carro e uma conta corrente). O vice-prefeito também fechou os seus gastos de campanha em R$ 1 milhão. O seu vice-prefeito, o ex-secretário Ronen Antunes (DEM) declarou bens da ordem de R$ 191 mil (empresa, conta de banco, imóvel e terreno) e estipulou seus gastos de campanha em zero. Bem característico de Ronen, que tem fama de ser ‘pão-duro’.
A ex-prefeita Solange Almeida (PMDB) declarou os seus bens em R$ 321 mil (terreno, sociedade em empresa, casa em construção e três carros). O crescimento dela também foi razoável, porque em 2008 ela havia declarado R$ 146 mil (dois terrenos, um imóvel, dois carros e sociedade em empresa). Em 2010, quando ela tentou retornar ao Congresso Nacional, a ex-deputada declarou um pouco mais que esse ano: R$ 326 mil. Em 2012, ela estipulou os seus gastos de campanha em até R$ 3 milhões. O seu vice, o empresário Anderson Tinoco (PSDB), declarou R$ 546 mil (empresas, apartamentos, casas, moto, carro, caminhão e aplicações) e informou ao TRE que não terá gastos de campanha.
Legislativo
Entre os postulantes ao cargo de vereador, a nossa reportagem vai informar apenas os candidatos que estão exercendo o mandato. O vereador Abner Alvernaz Júnior, o Neném de Boa Esperança (PTN), segundo o TRE dobrou os seus bens. Se em 2008 ele declarou R$ 35 mil, esse ano a sua declaração é de R$ 71 mil. O vereador Carlos André Barreto de Pina, o Maninho (PPS), esse ano, declarou R$ 136 mil. Já em 2008 e 2010 (ele foi candidato a deputado estadual), ele declarou R$ 75 mil.
Em busca do seu quinto mandato, o vereador Carlos Cordeiro Neto, o Caneco (PR) empobreceu. Em 2008 ele avaliou os seus bens em 23 mil. Esse ano, porém, ele afirma não ter bens a declarar. Quem também ficou mais pobre foi o vereador Fernando Soares (PMN). Ao contrário de 2008, quando ele declarou bens da ordem de 321 mil, esse ano ele afirma não ter o que declarar.
Um dos parlamentares mais polêmicos da casa, o vereador Humberto Belgues (PSDB) declarou R$ 644 mil. Em quatro anos os negócios do parlamentar mais que duplicaram, porque em 2008 ele declarou bens da ordem de 298 mil. O parlamentar Márcio da Cunha Mendonça, o Marcinho Bocão (DEM), esse ano declarou R$ 45 mil. Já em 2008 a sua declaração foi de R$ 9 mil. A última, e, surpreendente, declaração é da vereadora Rita de Cássia (PP), que em 2012 e 2008 afirmou não ter bens a declarar.
Os vereadores Aliézio Mendonça (PP), Marcos Botelho (PR) e Saulo Borges (PTB) não participarão do pleito de 2012 como candidatos.
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