Enganam-se aqueles que acham que por conta do recesso parlamentar de julho – as sessões ordinárias retornam dia 2 de agosto – o vereador Humberto Belgues (PSDB) não está trabalhando. Conhecido pelo seu perfil combativo, às vezes, polêmico e profundo conhecedor do Regimento Interno da Câmara e da Lei Orgânica do Município, o parlamentar disse na última semana, que “não existe recesso para o vereador que está preocupado com o bom andamento do município”.
– A Câmara entra em recesso, mas a prefeitura continua trabalhando e a cidade continua se movimentando normalmente. Sendo assim, nós vereadores não podemos ficar deitados em berço esplêndido por conta do recesso de inverno – disse o vereador que está preocupado com o desordenamento do município.
Embora não seja da base governista, Humberto faz questão de ressaltar que a sua postura não é fruto de oposição a administração municipal. De acordo com ele, em Rio Bonito quem fiscaliza, questiona, busca informações e não fica satisfeito com certas coisas, infelizmente, é rotulado como oposição. “Esse é um conceito que precisa acabar, porque por conta disso, as pessoas ficam melindradas na hora de opinar e se posicionar. Talvez seja por isso que a cidade continua patinando quando o assunto é desenvolvimento”.
“Pontos nevrálgicos”
Hoje, o vereador classifica como ponto nevrálgico (parte mais importante de uma questão qualquer) para a gestão municipal, a fiscalização sobre prestação de determinados serviços que são oferecidos à população riobonitense. O TAX, o transporte escolar e o transporte público, são temas que estão recebendo uma atenção especial do parlamentar.
– Outro dia eu soube que os taxistas estão chateados comigo, porque eu estou pegando no pé deles. Isso não é verdade! Eu na estou pegando no pé de ninguém. Eu quero que o serviço tenha um ordenamento, porque o município está perdendo dinheiro, o bom taxista está sendo prejudicado e o cidadão está desprotegido – comentou o vereador que recebeu uma reclamação referente ao valor da corrida de TAX.
De acordo com Humberto, o reclamante revelou que pagou R$ 25,00 por uma corrida até a Bela Vista. Mas na semana seguinte, quando fez o mesmo trajeto com outro taxista, o valor cobrado foi R$ 15,00. “Afinal de contas, qual o valor da corrida para a Bela Vista? O município tem que fiscalizar essa questão”, frisou Humberto, que também está preocupado com o transporte escolar. “Será que a Prefeitura sabe quem são os prestadores desse serviço? Sabe quem oferece veículos com seguros e vistoriados? Isso é preocupante, porque são os nossos filhos que estão sendo transportados nesses veículos”, analisa.
Sobre o transporte coletivo, o vereador aponta falhas nos pontos, de embarque e desembarque; afirma que determinados pontos precisam ser revistos porque estão atrapalhando o trânsito e destaca que já cobrou do poder Executivo, a realização de licitação para novas linhas e a liberação do transporte alternativo (vans) para localidades apontadas como deficitárias pela empresa que explora o setor. “O que não pode acontecer é o cidadão ficar sem Transporte, porque isso é um direito constitucional”, pondera.
Outdoor e publicidade
O Corredor Cultural, criado na Rodoviária Municipal Alcebíades Moraes Filho, que expõe imagens das belezas naturais de Rio Bonito, atreladas a publicidades comerciais, segundo o vereador, está acontecendo de forma equivocada e até “indecente”.
– Eu sou favorável a Cultura, a ideia de criar um Corredor Cultural é louvável, ficou muito bonito, qualquer iniciativa voltada para o setor tem o meu apoio, mas como estão sendo cobrados os espaços publicitários? O dinheiro está indo para onde e com que finalidade? Eu posso comercializar a parede da rodoviária, que fica voltada para a Avenida Manuel Duarte? Não é que não possa fazer! Mas tem que fazer direito – criticou Humberto.
Quanto aos outdoors, o vereador acredita que exista monopólio na exploração desse serviço e faz questionamentos semelhantes aos foram feitos para o Corredor Cultural da Rodoviária e menciona o caso da lojista, Caroline Belgues, que teve prejuízos com a retirada de um outdoor que fazia publicidade da loja Piementta Rosa. “Retiraram só o outdoor que tinha a publicidades da loja dela. Os demais que estão espalhados pela cidade continuam no mesmo lugar. Mas qual é o critério para você derrubar um outdoor? Qual é a regulamentação para isso? É o que estou dizendo. Câmara e Prefeitura precisam dialogar para organizar essas questões”, concluiu Humberto que promete continuar atento e fiscalizando essas e outras ações da Prefeitura.
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