Flávio Azevedo
O Trânsito no local está insportável |
No local também ocorreram pequenos acidentes. O assunto já foi debatido na Câmara Municipal, no Conselho Comunitário de Segurança (CCS), mas ninguém, efetivamente, tomou atitudes para solucionar o caso. Compactua com esse pensamento, o militar Francisco Santos Dimas, 47 anos, morador do Centro. Ele criticou a Câmara de Vereadores, disse não acreditar no Conselho comunitário de Segurança e culpa a sociedade pelo “caos social que se abateu sobre a cidade”.
– O que esperar de vereadores que rejeitam a criação do Agente de Transito? Para mim é desagradável saber que eu estou sendo representado por pessoas que não tem o mínimo de respeito pela população. E o CCS? O que tem feito? É um instrumento que foi criado para que os seus conselheiros ouçam as reclamações que deveriam ser direcionadas as autoridades. Mas reclamar de que, senão sabemos voltar? Reivindicar o que, se trocamos o nosso voto por dentadura?”, desabafou.
Acidente
Os acidentes são constantes |
Porém, ao arrancar com o carro, um coletivo que estava estacionado em sentido contrário, começou a fazer uma manobra e atingiu o nosso editor. O estrago não foi maior porque o motorista que deu caminho gritou e alertou o colega. “Esse não foi o primeiro e, infelizmente não será o único acidente aqui. Muita gente já reclamou, mas ninguém toma uma providência”, disse um morador das proximidades.
Motoristas que vem da Rua D. José Pereira Alves (rua da rodoviária), e entram na Rua Major Bezerra Cavalcante, na hora de acessar a Av. Manuel Duarte, têm a visão prejudicada com os ônibus estacionados ao longo da via. Em muitas ocasiões, quando esse motorista consegue acessar a Av. Manuel Duarte, e segue no sentido Green Valley, ele encontra um caminhão em sentido contrário, o que trava o fluxo de veículos, e colabora para bagunçar ainda mais o trânsito naquele trecho.
No mesmo dia do incidente com o nosso editor, o assunto foi debatido pelos vereadores na sessão da Câmara Municipal. Ao final das explicações pessoais, porém, como de praxe, nenhum dos parlamentares tinha definido uma ação efetiva para resolver o problema. Já a Prefeitura Municipal continua alegando que esse é um dos problemas que seria resolvido se os vereadores tivessem aprovado, no ano passado, a mensagem que previa a criação dos cargos de Agentes de Trânsito. “Sem esse instrumento fiscalizador nós ficamos de mãos amarradas!”, disse o secretário de Desenvolvimento Urbano, Isaías Class, durante uma reunião do CCS.
Outros problemas
Embora a Rio Ita tenha adquirido recentemente um terreno na Rua Desembargador Ademário Alves de Mendonça, próximo a garagem da empresa, os carros continuam ficando em “fila indiana” na Av. Manuel Duarte. Revoltado com a situação, e descrente em uma solução, o vendedor Vinicius Maurício, de 27 anos, morador do Centro, disse que não aguenta mais.
– Eu tenho amigos que já foram a Rio Ita pedir que a empresa reveja essa situação; outros, já conversaram com pessoas da Prefeitura sobre isso; eu já vi esse assunto sendo tratado nos jornais locais; mas até agora nada. A impressão que nós temos é que as empresas de ônibus de Rio Bonito mandam mais na cidade do que o prefeito. Estacionam em qualquer lugar, param no ponto de qualquer maneira, e nada acontece – disparou.
O vendedor destacou ainda, que em outros pontos da cidade o caos desse trecho se repete, “principalmente na ‘hora do rush’”. Segundo ele, a Rua da Conceição, no Centro, é outro ponto que entre 16h e 20h deve ser evitado. Vinícius culpa os ônibus da empresa São Geraldo que fazem ponto no local e a falta de consciência dos demais motoristas.
– Eu defendo a ideia de acabar com aquele ponto de ônibus da Rua da Conceição. Mas todos são culpados, porque pouca gente tem bom senso. Aqui em Rio Bonito, nós nos achamos os donos da rua. Acho que a Prefeitura deveria proibir o trânsito dos ônibus maiores. Em circulação, apenas os microônibus – ponderou o vendedor, que concluiu com uma reflexão: “Rio Bonito precisa crescer, mas precisamos abrir mão de “privilégios” e “comodismos” de cidade pequena!”.
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