sexta-feira, 27 de maio de 2011

Pág. 2 - Editorial/Edição 14 (Maio)



Na última quinta-feira (26), mais motos irregulares foram tiradas das ruas
Não sabemos se você já observou, mas em vários debates, onde o assunto é Trânsito, alguns motociclistas acabam se sentindo ofendidos com a generalização que se faz com as críticas destinadas a eles. Entretanto, vamos combinar que a quantidade de desordeiros, arruaceiros e inconscientes, que transitam com esses veículos em nossas ruas é muito grande.

Nós até concordamos, que entre eles, existe a possibilidade de encontrarmos pessoas conscientes e responsáveis. Mas, com certeza, esses são minoria e exceção a regra.

Aliás, crianças e adolescentes, que deveriam estar andando de velocípede, bicicleta ou até mesmo a pé, estão perambulando de moto por aí.

Em Rio Bonito, a motocicleta deixou de ser um artigo de necessidade, um veículo de locomoção, um instrumento de trabalho, porque foi elevada a condição de objeto que representa STATUS.

Quem tem moto, sobretudo quando é jovem ou adolescente, faz parte de uma tribo que é olhada com admiração. É o cara que vai pegar todas as gatinhas... É a menina, que por ter uma moto, que foi trocada pela festa do aniversário de 15 anos, é contemplada como “a popular”.

Podemos ser sinceros? Esse é um conceito babaca de cidade provinciana e de gente que vive de aparência.

O discurso alienado, e alienante, é o seguinte: “a moto é melhor do que o carro, porque ela cabe em qualquer lugar, ela entra em qualquer cantinho e não fica parada nos congestionamentos”. Ou seja, é como se para as motos, não existissem regras, logo, o caos e flagrante!

Tem ainda aquele discurso empobrecido, que acusa a blitz de só pegar motos de quem é trabalhador, como se o fato do sujeito ser trabalhador, lhe dá o direito de andar sem os equipamentos de proteção e sem as documentações necessárias para transitar.

O que fazer? Debater, discutir, conversar, mas sem a velha hipocrisia de querer concertar apenas os outros, porque nesse caso, todos nós temos culpa. Deveríamos, todos, sem exceção, pormos a mão na consciência, olharmos o próprio umbigo, e começarmos as transformações necessárias partir de nós e dentro de nossas próprias casas.

Ofendidos!

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