*Moysés Alves
“Um homem muito doente, e pressentindo que não viveria mais tanto tempo, chamou seus 10 filhos que não se entendiam e mandou que cada um pegasse na floresta um graveto e trouxesse até ele. Assim fizeram, e um a um dos filhos foi chegando. Quando todos estavam ao lado da cama, o pai pediu que cada um quebrasse seu graveto. Sem muita dificuldade, todos cumpriram a tarefa, e indignados, reclamaram com o pai. Muito sábio, o pai pediu, então, que voltassem à floresta e trouxessem outro graveto. E, assim fizeram.
Quando todos chegaram novamente ao lado da cama do pai, ele pediu que juntassem os gravetos. Os filhos novamente obedeceram. O pai, então, pediu que um a um dos filhos tentasse quebrar o feixe de gravetos. Cada um deles se esforçou, mas nenhum conseguiu. Por mais força que fizessem, o feixe de gravetos não se quebrava. O pai, então, concluiu: - Vocês viram, meus filhos? Como os gravetos sozinhos são frágeis, mas juntos não há quem os consiga quebrar.”
Essa pequena estória ilustra a grande diferença que a união de forças pode fazer. Recentemente temos presenciado uma revolução popular, cuja proporção não ouso em dimensionar ainda, através das manifestações de alguns grupos de pessoas pelo Brasil, reivindicando nada além dos seus direitos como cidadãos. E parece que essa mobilização está surtindo algum efeito, tendo em vista que os governantes estão se mobilizando para ouvir a voz do povo. Esse é um grande exemplo do poder e da força da coletividade.
No último domingo, dia 30 de junho de 2013, a Seleção Brasileira de Futebol conquistou o Tetracampeonato da Copa das Confederações, terceiro título consecutivo desse torneio. Algo muito especial me chamou a atenção nesse jogo: a postura coletiva de cada time, individualizada em seus jogadores. A motivação e garra dos jogadores do Brasil, claramente perceptível em todos os setores do campo, abafou o estrelado time espanhol, tida como a atual melhor seleção do mundo. Será porque estava jogando em casa, diante da sua imensa torcida verde e amarela? Refleti bastante enquanto assistia ao jogo e percebi que a Seleção Brasileira estava claramente com o que os especialistas chamam de “postura vencedora”. Ambos os times tinham grandes jogadores, mas a postura coletiva era diferente.
Assim como nas empresas, os esportes coletivos como o futebol, são uma grande demonstração do poder da coletividade. Certamente todos nós já tivemos a oportunidade de consumir produtos e serviços de grandes e pequenas empresas, seja um restaurante, seja um supermercado, seja um grande hotel, ou seja, uma pequena loja de chocolates. Certamente, após adquirir o produto ou serviço, inevitavelmente criamos a nossa própria impressão sobre a qualidade do que estamos consumindo. Essa impressão irá gerar uma satisfação ou insatisfação, que fará com que continuemos a consumir aquela marca ou a rejeitemos. Uma vez que formamos a nossa opinião, iremos passá-la adiante, construindo uma imagem positiva ou negativa daquela marca.
Desafio o amigo leitor nesse momento a buscar em sua memória um estabelecimento, um produto ou uma marca que você frequenta ou usa constantemente. Pense nos motivos que são decisivos para essa escolha. Pode ser o atendimento, ou talvez a qualidade e o conforto do produto, ou quem sabe o custo-benefício? Enfim, reflita sobre os motivos da sua escolha. Certamente as empresas ou pessoas da sua preferência têm algo em comum: qualidade. Mas o que a qualidade tem a ver com o poder da coletividade, poderia perguntar o leitor.
Empresas, assim como equipes futebol, são formadas por pessoas. O resultado final em forma de produto ou serviço é o resultado de um esforço coletivo que começa com a visão do proprietário, e vai até o faxineiro responsável por manter o ambiente de trabalho limpo e harmonioso. O desafio é construir uma equipe vencedora, em que todos, sem exceção, têm a mesma visão, o mesmo objetivo, a mesma motivação e a mesma “postura vencedora”, cada um na sua função, ciente da sua importância em prol do objetivo comum. Não é tarefa fácil nem para grandes, nem para pequenas empresas, devido a diversidade característica de cada ser humano.
Encorajo aqueles que estão insatisfeitos com seus próprios resultados a refletirem na chamada lógica japonesa: SE ALGUÉM PODE FAZER, EU TAMBÉM POSSO, E SE NINGUÉM CONSEGUE FAZER, EU POSSO FAZER PRIMEIRO. Isso é uma “postura vencedora”. Quando o coletivo pensa dessa forma, ele torna-se FORTE, INOVADOR e VENCEDOR! Liderança é a arte de motivar pessoas! Cada um dentro do coletivo pode se tornar um líder, seja da sua equipe, seja da sua empresa, seja da sua família, seja de si mesmo ou até mesmo do seu cachorro.
Quero registrar meu agradecimento especial ao amigo Luiz Gustavo Miranda, proprietário do Botequim MiraSauer juntamente com toda a sua equipe, e a minha amiga Beatriz Peixoto, que colaboraram nobremente com suas ideias para o tema deste artigo.
Sucesso pra vocês!
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