Pág. 6 - O Observador

Falta d’água todo dia que agonia!

Diariamente o Programa Flávio Azevedo recebe inúmeras reclamações de falta d’água nos bairro de Rio Bonito. A maior parte delas é proveniente de bairros como Green Valley, Mangueirinha, Praça Cruzeiro, Rio do Ouro, Rio Vermelho e Boqueirão. Quanto a Boa Esperança e Parque Andréa, a queixa é que por lá nunca houve abastecimento regular. Segundo uma moradora da Mangueirinha, há três dias ela está comprando água para beber, “porque há semanas não tem água. A última vez que caiu água na minha caixa, foi durante meia hora e nada mais. não deu sequer para lavar o rosto”, se queixa.

Problema semelhante foi reclamado por moradores do Rio do Ouro e Rio Vermelho, onde o abastecimento é problemático por ser fim de linha. Mas a Mangueirinha também é fim de linha? Bem, o mais estranho é que uma moradora do Ipê, localidade periférica (fim de linha), telefona para dizer, ao vivo, que o abastecimento no seu bairro é normal. “A água cai regularmente, dia sim, dia não!”.

Diante desse cenário, concluímos que o problema não está na água, que continua jorrando em todas as cachoeiras do município (e não são poucas), mas na prestação do serviço, sobretudo se formos analisar a questão das manobras, que depende do elemento humano para funcionar com eficiência. O atendimento aos clientes também é comentado pelos ouvintes. Um deles comentou que recorreu a CEDAE para questionar a falta de água e um funcionário teria lhe dito que “é bom se preparar porque no verão será pior”.

A verdade é que Rio Bonito continua esperando as obras prometidas pelo governador Sérgio Cabral (PMDB) como contrapartida da concessão da água de Rio Bonito para o governo do Estado. Orçadas em R$ 14 milhões, as tais obras levariam água para localidades que não contam com serviço da CEDAE e melhorariam o abastecimento de quem conta com a rede da estatal. Todavia, quase um ano depois da assinatura do tal contrato, que contou com a concordância de todos os políticos locais, a CEDAE ainda não iniciou uma obra sequer no município.

Estamos no buraco!

A nossa coluna dedica espaço para falar também falta de educação e bom senso dos ‘maltoristas’ riobonitenses que estacionam, apesar da desagradável buzina do vagão de manutenção da ferrovia, sobre a referida estrada de ferro! Sem saber o que fazer ou sem querer fazer o que seria preciso e muito bem feito, para solucionar o problema, o jeito foi abrir uma vala para impedir que os espaçosos estacionassem sobre ferrovia. Depois reclamam que temos a marreta pesada! Mas sinceramente, precisa disso? Parabéns aos inconsequentes!

Rio Bonito já teve alguns sons peculiares. Podemos citar os “Sinos da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição”; o apito da Fábrica Peixe (fábrica de doce); ainda temos o carro de propaganda do nosso amigo Beto; lembro do auto-falante sob o telhado de algumas igrejas; lembro dos batuques em algumas casas onde umbandistas se reunião para o seu culto. Mas ultimamente, o som que estava na moda era o BUZINAÇO do veículo de manutenção da ferrovia. Alguém vai sentir falta?

Política

Competência, visão e ações que visam o bem estar coletivo não dão votos. Essa é a realidade do Brasil, país considerado emergente, mas habitado por pessoas que cultuam práticas obsoleta. O sujeito pode ser um bom gestor, mas se não trabalha distribuindo “boquinhas” ele está fadado ao fracasso nas urnas. Aliás, a ingenuidade políticas dos candidatos de primeira viagem é flagrante. Eles chegam pensando que o benefício coletivo é a principal exigência do eleitor e se assustam que descobre que a maioria está preocupada apenas com o próprio umbigo!

Secretariado I

Muito se especula sobre os novos secretários do governo que assume a Prefeitura de Rio Bonito a partir de 1º de janeiro de 2013. Como o senso comum prevalece e poucas pessoas realmente entendem de administração pública (inclusive alguns que pleiteiam algumas dessas vagas), geralmente o foco é nas pastas da Educação, Saúde e Obras.

Secretariado II

A nossa dica é que você esteja preocupado com os nomes que irão assumir a Secretaria de Fazenda, a Controladoria Geral e o Planejamento. A vida financeira das prefeituras e boa parte das sacanagens que acontecem em todo lugar, como fraudes em licitações, por exemplo, geralmente ocorrem nessas pastas. Além dos nomes, que precisam ser muito bons, também devemos questionar se essas pessoas terão carta branca para desempenhar as suas funções.