A diretora de Assuntos Educacionais do Sepe, Lucy Teixeira |
Waldeck Carneiro, doutor em Ciências da Educação; e vereador do município de Niterói será o palestrante da tarde.
Em entrevista concedida ao programa “O TEMPO EM RIO BONITO”, do último dia 10 abril, a diretora de Assuntos Educacionais do Sepe, Lucy Teixeira, disse que a participação da categoria é importante porque o tema do encontro – o PCCR – interessa a todos os funcionários públicos riobonitenses e até a população. “O professor bem pago; satisfeito com as suas condições de trabalho; e que constantemente, tem a sua carreira valorizada pelos seus superiores, será um profissional que terá um rendimento muito melhor em sala de aula. Quem ganha com isso é o aluno, a escola, e consequentemente, a sociedade”, disse Lucy.
Professor Waldeck Carneiro |
– Eu não sabia que nós estávamos sem representação. Quando eu percebi essa falha decidi participar. Na primeira reunião, porém, eu fui avisada pelos demais integrantes da comissão que o PCCR já estava fechado, porque há cerca de um ano ele estava sendo debatido e precisava ser aprovado. Eu entrei com alguns questionamentos, porque a Lei 1188/2004 tem muitos embates, não é transparente, e a comissão decidiu marcar outra reunião – contou.
Segundo Lucy, no novo encontro ela apresentou alguns argumentos que ganharam a simpatia dos demais integrantes e ela acabou conquistando mais espaço para mostrar novas ideias “que prolongaram as discussões”. Ela acredita que o PCCR não ficará perfeito, “mas a proposta que será apresentada à categoria (no sábado) é bem satisfatória”.
“O Sepe é importante”
Durante a entrevista, a representante do Sepe fez uma reflexão importante sobre um assunto que sempre é debatido nas rodas de bate papo: mobilização e participação. De acordo com Lucy, há alguns anos a luta do Sepe, e naturalmente, da categoria, era por representatividade. “Agora que nós conquistamos esse direito, e a nossa presença é garantida nos debates relacionados aos nossos interesses, nós precisamos usá-lo com responsabilidade”, analisa.
A desunião da categoria e a pouca valorização do Sepe, que ainda é olhado, segundo Lucy, “com algum preconceito, por conta do seu histórico de embates”, é uma realidade que precisa ser discutida e mudada.
– Infelizmente, o Sepe não é olhado pelo seu histórico de conquistas. Por exemplo: pessoas se aproximam de mim e questionam a minha presença na entidade. Outros elogiam o meu trabalho, mas criticam a minha ligação com o Sepe. Poucos olham o lado positivo do Sepe e ninguém quer saber o que ele tem de bom. Além disso, é difícil alguém lembrar que foi através da entidade, que ao longo dos anos a categoria alcançou vários benefícios – disse Lucy, enfatizando que, “hoje, o Sepe luta pelos interesses da categoria, sempre, priorizando o diálogo”.
Mobilização e participação
Lucy conclama os professores a participar da reunião e diz que a união da categoria é fundamental |
A representante do Sepe conclama os professores a participar da reunião do próximo sábado, para que a categoria tome ciência do que foi aprovado pela comissão de elaboração do PCCR. Ela destaca que antes do plano virar lei, obrigatoriamente ele tem que passar pelo Executivo e pelo Legislativo, que podem fazer alterações.
– É importante que a categoria, com representação significativa, acompanhe o percurso do PCCR na Prefeitura e na Câmara Municipal, para que não haja supressão de nenhum artigo, porque depois de suprimido é difícil voltar atrás – alerta.
Uma preocupação da representante do Sepe é que o PCCR não tenha destino similar ao Plano Municipal de Educação, que embora tenha sido aprovado em 27 de dezembro de 2009, ainda não foi sancionado pelo prefeito José Luiz Antunes.
Outra preocupação é o momento de turbulência que vive o parlamento municipal. “Em 2010, o Sepe enviou inúmeros ofícios para a Câmara, para dialogarmos com a Comissão de Educação da Casa. Os ofícios sequer foram respondidos. Isso nos preocupa, porque enquanto os vereadores discutem assuntos internos, coisas importantes estão sendo deixadas de lado”, ponderou.
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