Por Flávio Azevedo
A polêmica que se instalou na Câmara de Vereadores de Rio Bonito retrata fielmente as nuances da política brasileira. Na verdade, a desordem começa em Brasília – capital política do país – e se espraia por estados e municípios.
Discute-se política em todo lugar, menos nas instituições políticas, onde os interesses são outros. O debate político está presente no noticiário, nos programas de rádio e TV, na Internet, nas ruas, no teatro, nas salas de aula e nos botequins.
No parlamento de Rio Bonito, por exemplo, a substituição do debate político por conta de outras preocupações se tornou caso de polícia. Alguns “entendidos” andam espalhando a notícia – mentirosa e sem pé nem cabeça – de que “alguns vereadores podem perder o mandato”.
Diante dessa conversa fiada nós formulamos quatro perguntas.
Primeira: “qual é o vereador, dentro do parlamento municipal de Rio Bonito, que reúne condições para cassar um colega?”.
Segunda: “o cassado será substituído por quem?”.
Terceira: “realmente existe interesse em tirar o mandato de um colega?”.
Quarta: “alguém, entre os “reservas”, teria postura diferente dos titulares?”.
Pensamos que vale a pena refletir sobre isso!
Vamos oferecer ao leitor, uma prova de que não existe interesse pelo debate político, por parte de alguns vereadores riobonitenses. Na sessão do dia 15 março, enquanto o vereador Marcus Botelho (PR) falava, o colega Saulo Borges (PTB) pediu a palavra. Botelho, porém, negou a parte ao colega, mostrando flagrante deselegância e despreocupação com o debate.
Numa época em que até as igrejas estão falando de política – quem não se lembra da campanha que as igrejas fizeram contra a candidata Dilma Rousseff? – esse tipo de postura preocupa.
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