sexta-feira, 29 de abril de 2011

Pág. 12 - Os meus heróis não morreram de “OVERDOSE”!

Colunista Leonardo Peclat Marins

Cada dia que passa, eu tenho mais raiva das drogas! Cada dia que passa, eu fico mais impressionado com o efeito devastador dessas substâncias! Cada dia que passa, eu me entristeço em ver famílias desgastadas, por causa de alguém que ama estar nessa vida! Cada vez eu fico mais perplexo em ver como as autoridades fazem “vista grossa” a tal situação!
Na edição passada afirmei que o grande responsável pelo ingresso dos jovens nesse mundo são as próprias famílias, sem diálogo, sem a presença operante do amor. Foi o que chamei de “fam ilhas”! Acabam achando que a escola ou a Igreja vão educar seus filhos, mas isso é um grande engano, e elas acabam “entregando” os seus filhos nas mãos dos traficantes!
Não quero, aqui, dar uma resposta ao problema, porque o leque é muito abrangente, porém, me vem à mente que na minha época de ginásio, há uns 15 anos, tinha uma disciplina chamada Educação Moral e Cívico, que de uma forma ou outra, nos levava a pensar sobre virtudes, a sacralidade da vida e também a respeito da cidadania. Ela, logo, foi retirada da grade! Depois, havia a aula de religião, que por sua vez, já ia incutindo no aluno, a semente do bem, da vivência em paz e da ética! Também foi retirada da grade!
Como disse, eu acredito estar na família o grande problema, mas também acredito que agora que a M... Está feita, a solução deve ser conjunta. Por que acabar com tais disciplinas? Independentemente de denominação religiosa, que bom seria, uma criança, desde cedo, ouvir, na escola, o princípio moral comum a todos, que é o “amai-vos uns aos outros”. O desdobramento incidiria diretamente num assunto muito em voga, hoje, o “Bullyng”.
Se a criança entende que todos nós somos irmãos, se ela entende o significado das palavras respeito, solidariedade, dignidade etc., certamente, ela passará a respeitar mais a si mesmo e aos outros.
O caso recente de Realengo, tendo como ator principal, o denominado “monstro de Realengo”, que nos deixou todos perplexos, nos leva a essa reflexão. Se ele se tornou um “monstro”, isso aconteceu pela falta de uma família estruturada. Com o pouco que sabemos dele, nós já vimos que ele sempre foi só, sem família e sem amigos. Pergunto: quantos “monstros” como esse estão sendo criados dentro de nossas casas?
Quero conclamar nossa cidade a iniciarmos uma guerra contra as drogas! Está mais do que na hora acabar com essa hipocrisia, muitas vezes veiculada na grande mídia, que elas não são tão ruins assim, especialmente quando famosas bandas ou artistas fazem apologia à mesma!
Herói, hoje, para mim é uma família que consegue ter amor e diálogo em casa. Herói é um jovem que consegue resistir a forte investida que o inferno tem feito através da “normalização” das drogas. E o crack? Uma das piores drogas de todas. Ela é mais barata, a que mais vicia e também a mais devastadora. Nossa cidade também já é palco do seu desfile!
Façamos constantemente um clamor ao GRANDE HERÓI da humanidade, afim de que Ele tenha misericórdia de todos nós e levante, em nosso meio, ações concretas contra o mal que aflige a todos nós!

*Leonardo Peclat Marins é professor de Filosofia e cursou Teologia
Contato: leonardopmarins@hotmail.com

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