Flávio Azevedo
O carro do Corpo de Bombeiros passou pelo Centro transportando Carlos Barbosa. |
Emoção, vibração, sensação do dever cumprido, desfile em carro do Corpo de Bombeiros e uma recepção calorosa por parte da população riobonitense. Essas são as impressões apontadas pelo desportista Carlos Augusto Barbosa, o Guto, depois de ser homenageado pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, no último dia 11 de setembro. Atleta paralimpico que representou o Brasil e, consequentemente Rio Bonito, nas Paralimpíadas de Londres, Guto faz parte da Seleção Brasileira de Vôlei Sentado, que ficou na quinta colocação.
– Eu havia acabado de chegar em casa, ainda estava meio tonto por causa da viagem, quando o telefone tocou me pedindo para ir até a Secretaria de Esporte e Lazer. Quando eu cheguei lá me aprontaram essa surpresa agradável – conta Guto que acredita já estar na hora da Seleção Brasileira de Vôlei sentado conquistar uma medalha “e que ela seja aqui no Brasil em 2016”, afirmou.
Sobre a participação em Londres, Guto comentou que viu a classificação para as semifinais muito perto. “A verdade é que pela primeira vez os nossos jogos foram transmitidos ao vivo. Embora a transmissão tenha sido feita em TV fechada, já foi um avanço. O nosso vôlei está evoluindo. Nós ganhamos da China e do Egito, seleções muito fortes”, ressalta Guto, destacando que a Bósnia ganhou a medalha de ouro, o Irã de prata, a Alemanha de bronze e a Rússia ficou na quarta colocação.
Em Londres, Guto não esqueceu a sua cidade: Rio Bonito. |
Para celebrar a boa fase, Guto saiu pelas ruas de Rio Bonito no carro do Corpo de Bombeiros. Com o uniforme verdade amarelo, ele empunhava a bandeira do Brasil e de Rio Bonito. Ao longo do trajeto, os aplausos e saudações foram muitos. A viatura partiu do Centro Administrativo da Prefeitura, na Praça Cruzeiro; percorreu as principais ruas do Centro e só parou na Praça Fonseca Portela, onde Guto recebeu o carinho da população.
Aproveitando a época de eleições a nossa reportagem abriu espaço para o atleta apontar o que precisa ser feito para que as pessoas com necessidades especiais tenham mais mobilidade e acesso.
– O número de pessoas com necessidades especiais aumenta a cada ano e as autoridades não estão percebendo. O Trânsito é a grande fábrica de pessoas com lesões, às vezes, irreversíveis. O volume de acidentados com lesões severas é grave, por isso precisamos de mais respeito e atenção. Primeiro para que as pessoas com limitações não se sintam excluídas; e segundo para que o volume de pessoas machucadas não aumente como vem acontecendo a cada ano – alertou Guto.
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