Flávio Azevedo
O vereador Aliézio Mendonça (D)e o presidente discutindo durante a sessão., |
Como já vinha acontecendo nas sessões anteriores, a reunião foi marcada pela apreensão de parlamentares e correligionários que diariamente acompanhavam as reuniões. Iniciados os trabalhos, após a leitura da ata – da sessão anterior (segunda-feira, 13) – e do expediente recebido, o presidente Fernando Soares (PMN), passou para a ordem do dia. Ele pediu que fosse feita a recontagem dos parlamentares presentes, que eram cinco vereadores (Fernando Soares, Humberto Belgues, Saulo Borges, Aliézio Mendonça e Neném de Boa Esperança), o que impedia a deliberação dos assuntos em pauta.
O 1º suplente Damião Ferreira da Costa |
Polêmica
Ao ver o suplente no plenário, o vereador Aliézio Mendonça (PP) perguntou ao presidente, na vaga de qual vereador o suplente estava sendo convocado. O presidente respondeu que na vaga do vereador Maninho, que apresentou atestado médico superior a 15 dias. Aliézio questionou se o vereador Maninho estava cassado, o presidente disse que “não está cassado, o suplente vai apenas complementar o quorum, em nome da supremacia do interesse público”.
O vereador Aliézio discordou e insistiu com o presidente para que o vereador Maninho fosse cassado. “Declare cassado, o vereador Maninho, e eu fico aqui... Do contrário... Eu não concordo com isso! Se não cassar o vereador Maninho eu não posso concordar com o que está acontecendo. Eu não tenho nada contra cassar o vereador, por mim pode meter a ripa! Agora, se não cassar não tem como concordar com isso!”, disse o vereador.
Diante da negativa de cassar o mandato do vereador Maninho, Aliézio afirmou que estava se ausentando da sessão por discordar da decisão. Também se ausentou da reunião, o vereador Neném de Boa Esperança. Pouco a vontade, durante o diálogo entre o presidente e o vereador Aliézio, Neném, pelo telefone celular, parecia receber orientações de alguém que coordenava as suas ações.
O 2º suplente Jorge Luis da Silva Brandão |
Na sequência, foi feita a eleição do novo presidente (Humberto Belgues), eleito com cinco votos e duas abstenções (os vereadores que se ausentaram tiveram as presenças contabilizadas por terem respondido a chamada e participado do início da sessão). “Sete vereadores participaram da reunião, o que representa maioria absoluta e dá total legitimidade ao processo”, afirmou o presidente.
Explicações pessoais
A participação dos suplentes na sessão foi o assunto que dominou as explicações pessoais. O vereador Saulo Borges (PTB) classificou Damião e Jorge Brandão como heróis do servidor municipal. “Vocês são heróis porque garantiram, aos servidores, o 13º salário e o pagamento de dezembro, que será feito em janeiro”.
O suplente Jorge Brandão, que foi vereador na legislatura passada (2005/2008), destacou que estava honrado em cumprir com a sua obrigação. “Não podemos apenas no benefício próprio, mas ao povo”. O ex-vereador também fez um alerta: “Rio Bonito precisa sair do marasmo político em que se encontra!”.
Ao se despedir, Brandão pediu ao presidente da Casa, as cópias da ata e dos atestados apresentados pelos parlamentares ausentes e confirmou que vai lutar pelo seu mandato. “Nós iremos pleitear aquilo que nos é de direito, porque o direito de cada um termina quando começa o direito do outro”.
Humberto, em pé, no seu 1º discurso como presidente |
Já falando como novo presidente, o vereador Humberto Belgues rebateu as acusações de fraude na confecção do projeto de resolução, elogiou a postura do presidente Fernando Soares e disse que em alguns momentos não ficou satisfeito com a postura do chefe do Legislativo, por ele ter colocado a resolução em pauta, “mas depois percebi que ele estava correto e a resolução acabou favorecendo a minha candidatura”.
Desdobramentos
Os vereadores Marcus Botelho e Humberto Belgues debatendo o assunto no programa "O Tempo em Rio Bonito", do dia 20 de dezembro |
Já o vereador Humberto alega que tudo foi feito dentro dos trâmites do Regimento da Casa e que “o grupo adversário, apesar de ser maioria, saiu derrotado porque perdeu prazos e cometeu erros infantis ao longo da disputa”.
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